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Jul/20

Empresa que vendeu máscaras para prefeitura de LEM é “especialista” em licitações



Depois da matéria sobre o superfaturamento de máscaras descartáveis pela prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, está circulando um vídeo nas redes sociais daquela que pode ser a empresa que forneceu máscaras superfaturadas para Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, a JNI Medicamentos e Hospitalares, sediada no município de Abadia de Goiás – GO, que se encontra fechada para atendimento ao público.

A atividade principal da empresa, nos registros legais, consta como varejista de produtos farmacêuticos. Estranho trabalhar a portas fechadas.
Em matéria na Radio Cultura ontem, a reportagem tentou diversas vezes entrar em contato com a empresa pelos telefones que constam na nota fiscal, porém ninguém atendeu.



Curiosamente, além de ser varejista de produtos farmacêuticos, a empresa fornecedora tem em seu cartão de CNPJ uma longa lista de atividades secundárias que não condizem com o espaço do local, sendo esses principais: comercio atacadista de leite e laticínios, comercio atacadista de medicamento e drogas de uso humano, comercio atacadista de produtos odontológicos, comercio atacadista de equipamentos eletrônicos de uso pessoal e domestico, comercio atacadista de móveis e artigos de colchoaria, comercio varejista especializado de equipamentos e suplementos de informática, comércio varejista de artigos médicos e ortopédicos, entre outros.

Normalmente essas empresas de porta fechada, escondidas em pequenos municípios com uma grande lista de atividades, é procedimento praticado por empresas de “fachada”, criadas formalmente para atender a todo e qualquer procedimento licitatório realizado por prefeituras municipais. Essas empresas não possuem capacidade técnica e operacional para realizar atividades de altos custos, existindo apenas para cobrir fraudes em licitações.
Entenda o caso.



Recentemente, houve uma matéria onde relatou o superfaturamento de 2.000 (duas mil) unidades de máscaras descartáveis. A prefeitura pagou R$ 33,50 (trinta e três reais e cinquenta centavos) por cada unidade, totalizando uma compra de R$ 67.000,00 (sessenta e sete mil reais).

O vereador Filipe Fernandes questionou a compra, pois conseguiu adquirir na internet, a mesma máscara, com as mesmas especificações técnicas por R$6,25 a unidade, um valor mais de 5 vezes menor que o pago pela Prefeitura.

Isso significa que o consumidor comum pode adquirir, com o valor despendido pela Prefeitura, cinco máscaras e ainda sobraria R$2,55. Se fossem compradas 2.000 máscaras pelo valor de R$6,25, o consumidor gastaria apenas R$12.500,00, com uma economia de R$54.000,00.

Fonte: Jornal Expresso
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