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Jun/20

Live: Câmara vê Rui ‘visivelmente transtornado’ e diz que Operação Ragnarok foi ‘vacina’ para blindar Estado

Membro da comissão que fiscaliza as ações do Consórcio Nordeste, o deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) declarou, em uma live promovida por este Política Livre nesta segunda-feira (15), que o governador Rui Costa (PT) está “visivelmente transtornado” após a apuração da suposta fraude dos respiradores ter saído das mãos da Procuradoria-Geral da Bahia (PGE-BA) e ido direto para a esfera federal.

No bate-papo online conduzido pelo editor Raul Monteiro, o parlamentar disse também enxergar a Operação Ragnarok, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia, como uma espécie de “vacina utilizada pelo Governo da Bahia”. Para ele, a intervenção, que prendeu três pessoas acusadas do golpe, serviu para blindar o Estado para o eventual surgimento de “uma coisa maior”, como classificou.

“Foi uma vacina utilizada pelo Governo do Estado da Bahia. Eu bati palmas para o Governo quando a Polícia Civil prendeu as pessoas. Pensei: ‘Finalmente tomaram uma ação’. Mas eu acho hoje que foi uma vacina. ‘Vou me vacinar porque se vier uma coisa maior eu já fiz o meu papel’. Bateu com o carro na parede a partir do momento que o Ministério Público local mandou para o STJ o processo”, afirmou.

“A partir daí, você vê a PGE recorrendo ao Tribunal de Justiça para que o processo ficasse aqui. Que desespero é esse de ir para Brasília? Que desespero é esse de colocar o Ministério Público Federal e a Polícia Federal?”, questionou Paulo Câmara.

“Eu, se fosse o comandante, iria dizer que iria querer a maior força tarefa do Estado, porque quero os caras presos e o dinheiro devolvido. É isso que tem que ser feito. Não tem que ficar aqui na Bahia. Então, na minha opinião, eu acho que isso foi uma vacina para poder resolver por aqui”.

“Você vê o desespero da PGE correndo e batendo na porta do TJ, pedindo ‘pelo amor de Deus’ que o processo fique aqui. Recebeu a negativa da desembargadora, o processo subiu e aí você vê o governador visivelmente transtornado. Eu o vi na televisão. Ele está com raiva pessoal de alguém ou dele próprio”, ressaltou.

“Eu conheço o governador. Ele foi meu colega de faculdade e meu colega de Câmara. Eu conheço o governador. A natureza dele é fria”, continuou.

O tucano lembrou, ainda, da delação feita pela empresária Cristiana Prestes Taddeo, dona da Hempcare, envolvida no caso. Em depoimento, ela acusou o ex-secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, de ter sugerido um aditivo no contrato para aumentar o valor dos respiradores comprados.

“O Dauster está aí pedindo para superfaturar o contrato de R$ 20 mil para R$ 35 mil dólares, segundo a empresária Cristiana Prestes. Ela usou esse termo. Ela disse que ‘ele quer estuprar o estado da Bahia’. Olhe o nível. Uma empresária dizendo que o secretário da Casa Civil quer estuprar o estado com superfaturamento”.

“É o depoimento dela. Não estou inventando. E você quer que eu não cobre o governador por uma resposta? Essa é uma ação total e exclusiva do meu estado”, concluiu.

Clique aqui e assista a entrevista na íntegra nas redes sociais do Política Livre.

Fonte: Política Livre
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