O marechal Deodoro da Fonseca foi um militar que desde cedo se empenhou nas guerras que o país participou e no movimento pela libertação dos escravos, estudou em escola militar desde os 16 anos e aos 21, participou da Revolução Praieira, depois atuou em outros conflitos, como a brigada expedicionária ao rio da Prata, o cerco a Montevidéu e da Guerra do Paraguai.

Marechal Deodoro da Fonseca foi na maior parte de sua vida um monarquista, que muitas vezes abandonou cargos militares para assumir nomeações nos governos ligados ao Imperador Pedro II. Com o tempo, sua relação com a monarquia se desgastou e a ideia de transformar o Brasil numa República já estava sendo manifestada em revoltas, mas foram as mudanças sociais que prepararam o cenário para o fim da Monarquia, a indústria e a cafeicultura paulista tinha grande influência pois essa nova classe social desejavam participar da política e não tinham espaço na Monarquia, e com a vitória dos militares na Guerra do Paraguai, e separação da Igreja Católica, um dos sustentáculos da Monarquia, deixou de apoiá-la depois que teve suas medidas contra a maçonaria anuladas por Dom Pedro II, e com a abolição da escravidão a Monarquia perdeu o grande apoio com fazendeiros.

No dia 15 de novembro, Deodoro liderou a derrubada do Império e implantou o sistema político republicano e assim assumido o cargo de Chefe do Governo Provisório, seu governo é dividido pelos historiadores em duas fases: uma provisória e outra constitucional, nesse período registrou sérios problemas políticos e econômicos, foi marcada pelo "encilhamento", o resultado foi uma forte especulação financeira e falência de bancos e empresas, a tentativa de centralização do poder e as resistências no meio militar conduziram o país a uma crise política, ápice na dissolução do Congresso Nacional. Seu governo foi autoritário e isso acabou desgastando sua posição como presidente e levaram-no à renúncia.



Ao mesmo tempo crescia no meio militar a influência de Floriano Peixoto, que também fazia oposição a Deodoro juntamente com as forças legalistas que levaram à renúncia de ,sem conseguir governar, para evitar uma guerra civil, Deodoro da Fonseca renunciou à Presidência, sendo substituído pelo seu vice Floriano Peixoto, Marechal Deodoro da Fonseca morreu quase um ano depois, vítima de uma crise de dispneia.

A história só tem repetido desde da Republica da Espada aos dias atuais , as crises econômica e politicas, inflação, incapacidade de articulação no Congresso, denúncias de corrupção, pressão pela renúncia, sombra do impeachment, impopularidade e protestos.

Todos esses adjetivos poderiam ser dados aos governos atuais de pela nova geração de brasileiros, mas poucos sabem que isso já aconteceu no mandato do primeiro presidente do Brasil, o contexto é o mesmo o mudaram o personagens da história e mas o roteiro continua o mesmo.

Para refletir...
E notável que acontecimentos parecidos do nosso cenário atual político e o de Deodoro da Fonseca na República Velha? Isso demonstra a importância do conhecimento da História para impedir que erros passados aconteçam no presente e que possamos construir um futuro melhor para nosso país.

O temor do Senhor é o principio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina. Provérbios 1;7