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26
Mar/20

Soja cai expressivamente em Chicago nesta 5ª feira com pressão da incerteza que ainda vem do coronavírus

As cotações, por volta de 7h10 (horário de Brasília), registravam baixas de 6,50 a 9,75 pontos nos principais contratos, com o maio valendo US$ 8,71 e o julho, US$ 8,75 por bushel



O mercado da soja recua consideravelmente nesta quinta-feira (26) na Bolsa de Chicago, depois de fechar o dia anterior bem próximo da estabilidade. As cotações, por volta de 7h10 (horário de Brasília), registravam baixas de 6,50 a 9,75 pontos nos principais contratos, com o maio valendo US$ 8,71 e o julho, US$ 8,75 por bushel.

As inúmeras incertezas que rondam o cenário macroeconômico ainda mantêm uma pressão sobre os preços de uma forma geral, dando espaço apenas para ganhos pontuais entre as commodities, índices acionários e demais ativos. Na soja, porém, há um espaço um pouco maior para as altas - mesmo que um tanto frágeis - dadas os positivos fundamentos que esta mercado tem neste momento

"De curtíssimo prazo, aguardamos alguns relatórios importantes do ponto de vista fundamental. Daqui a algumas horas, o relatório de exportações semanais americanas e, na terça-feira, o de intenção de plantio e estoque trimestral nos EUA", diz Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da AgroCulte. "Mais um dia de trabalho em cenario de incertezas como nunca visto antes na nossa geração", completa.

No Brasil, os preços da soja permanecem historicamente altos, apontando para uma manutenção dessa firmeza dados os seus próprios fundamentos. Já há um elevado percentual da safra atual comercializada e comprometido com as exportações, demanda interna aquecida e um dólar ainda acima dos R$ 5,00.

Veja como fechou o mercado:

Brasil segue exportando soja, mas ritmo deve desacelerar em breve. Empresas exportadoras estão abastecidas até junho

Dia de correção em Chicago após quatro sessões de boas altas para a soja

O mercado da soja fechou com estabilidade na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (25). Esse movimento, que apesar da estabilidade levou as cotações a encerrar os dia com pequenas baixas, chega após quatro sessões de altas muito expressivas no mercado internacional.

No entanto, como explica o analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, as baixas têm uma limitação neste momento diante, principalmente, de uma demanda maior da China nos EUA. "As margens de esmagamento estão boas, há perspectivas de controle do coronavírus, da Peste Suína Africana, e isso criou um cenário positivo para o momento", diz.

A confirmação destas perspectivas, todavia, ainda sentem certa pressão das inúmeras incertezas que seguem muito presentes em todos os mercados mundiais. O importante agora é monitorar o comportamento comprador chinês e entender qual será sua participação nas vendas americanas.

EXPORTAÇÕES X DEMANDA INTERNA

Para o mercado brasileiro, há um suporte firme vindo, especialmente do dólar que segue acima dos R$ 5,00, e preços nos portos ainda com referência na casa dos R$ 100,00. E com elevado índice de comercialização no país, o produtor segue monitorando dia a dia o mercado para definir suas próximas vendas.

Na sequência, o produtor irá observar ainda como será a disputa entre as exportações e a demanda interna, principalmente no segundo semestre, com o consumo doméstico aquecido e a baixa disponibilidade de soja.

Fonte:Portal do Agronegócio
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