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28
Jan/20

Faroeste: morte fraudada intensifica disputa por terras na Bahia

No oeste da Bahia há pouca terra para muitos donos. Deflagrada em novembro do ano passado, a operação Faroeste denunciou um esquema de venda de sentenças pelo Judiciário estadual para movimentar a grilagem de terrenos na rica região, grande produtora de algodão, milho e soja. Juízes e supostos líderes do esquema foram – e seguem – presos.

No meio da briga, estão vivendo na insegurança jurídica cerca de 500 agricultores que compraram lotes cuja legalidade sofre idas e vindas. Enquanto tentam continuar produzindo, eles esperam o fim do recesso Judiciário e o desenrolar de ações no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a fim de buscar um desfecho para o imbróglio.

Essas centenas de agricultores compraram suas terras de antigos donos. Hoje, o direito sobre essas propriedades está sob disputa judicial. Um cenário que não é estranho aos brasilienses, que veem história parecida nos condomínios onde vive mais de um quarto da população da capital. No oeste baiano, porém, os litígios envolvem terras maiores do que os lotes residenciais do Distrito Federal: são mais de 300 mil hectares de terra agriculturável.

A confusão tem origem nas décadas de 1970 e 1980, quando uma enorme fazenda chamada São José (cuja localização está na imagem em destaque) começou a ser loteada em porções menores. Nessa época, a terra tinha dois donos e divisas incertas. Um dos proprietários se chamava Delfino Ribeiro Barros, que morreu em 1983 e cujos herdeiros venderam parte do terreno para o homem que hoje é apontado pelo inquérito da Operação Faroeste como laranja de grileiros e beneficiário da fraude: José Valter Dias, conhecido como “Borracheiro”.

Fonte:Metrópoles
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