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Out/19

Constantino: Bolsonaro acerta: oposição à Fernández é mais importante do que manter decoro


Brasil deve manter distância da escolha feita pela Argentina

“O presidente Jair Bolsonaro comentou as manifestações de Alberto Fernández, recém-eleito presidente da Argentina, que publicou uma foto em defesa do ex-presidente Lula. Bolsonaro disse que aquilo era uma afronta à democracia brasileira e ao sistema Judiciário brasileiro. ‘Ele está afrontando o Brasil de graça’, disse o chefe do Executivo, sobre o gesto de ‘Lula Livre’ de Fernández. O líder brasileiro, que não quis enviar cumprimentos à Fernández, diz que aguardará os próximos passos do governo argentino para então, se necessário, tomar alguma decisão em defesa do Brasil – a princípio, está descartada a saída do Mercosul.

Alguns jornalistas chamaram de ‘birra infantil’ a postura de Bolsonaro, sem conseguirem esconder muito a felicidade com a volta de extrema-esquerda ao poder do país vizinho e usam, como argumento, o fato de que a Argentina é nosso principal parceiro comercial e que o presidente deve ser pragmático. Ganhos comerciais de curto prazo, porém, não compensam o estrago moral de longo prazo ao se endossar a volta do Foro de São Paulo ao poder na Argentina.

Bolsonaro está certo ao agir dessa forma. Não é birra infantil, é lembrar do que está em jogo: o futuro da própria democracia. Às vezes, sacrificamos interesses imediatos em prol de algo maior, de princípios, valores, da nossa própria sobrevivência. Por isso, existem guerras justam e que sempre custam muito. Imaginem, em algum momento, alguém dizer que não era para se enfrentar um Hitler, pois a Alemanha era um grande parceiro comercial. Eu sei que muitos vão reclamar da comparação, mas é preciso ser realista e saber com quem estamos lidando: Kirchner é alvo de mais de dez processos na Justiça, e alguns suspeitam, inclusive, que a morte do procurador Alberto Nisman foi obra sua.



É uma peronista, bolivariana, simpatizante do Foro de São Paulo. O governo de seu poste será mais uma aposta na heterodoxia econômica, com congelamento de preço, inflação, restrição às liberdades. Está fadado ao fracasso. Opor-se com firmeza à essa guinada suicida pode ser mais importante, no momento, do que manter a suposta liturgia do cargo e bancar o neutro em relação ao destino escolhido pelos hermanos. É fundamental se afastar da praga bolivariana: não é uma birra infantil, portanto, é uma questão de sobrevivência da própria democracia. Não é razoável agir com normalidade diante de um tiro no pé tão anormal dos nossos vizinhos”, avaliou Constantino.

Fonte:JOVEM PAN
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