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21
Out/19

Dança das cadeiras partidárias e suas tormentas

A um ano da urna que definirá os prefeitos brasileiros a partir de 2021, os partidos políticos trabalham para atrair nomes que representem números de votos nas urnas, em detrimento das suas ideologias assinadas em siglas socialistas, democratas, comunistas, cristãos, liberalistas; mas nunca capitalistas.

E é nesse clima que se iniciam os períodos de chuva de pré-candidaturas e troca de legenda dos prefeitos que querem garantir sua reeleição, amparados por partidos que tenham força e representatividade na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal; escolhas que nada têm a ver com os estatutos partidários.

Na capital baiana, aonde os interesses se acirram, uma tempestade se desenha no horizonte; o PSB, da deputada federal Lídice da Mata, irá lançar candidatura à prefeitura de Salvador e já se prepara para cobrar a conta da ‘fritura’ do mandato da então senadora Lídice, em detrimento ao apoio a Ângelo Coronel (PSD), imposto pelo senador Otto Alencar. Essa tormenta, que ainda promete muitos raios e trovões, deverá chegar em breve ao colo do governador Rui Costa.

Já na Assembleia Legislativa o PP de João Leão olha além do horizonte; a legenda só irá garantir apoio ao Senador Jaques Wagner, em 2022 para governador, se o grupo governista de Rui garantir a reeleição do deputado progressista Nelson Leal no comando da casa legislativa baiana, para o biênio 2021/2022.

No interior do Estado a ordem do PP e do PSD foram as mesmas: querem candidatos à prefeito em todos os municípios baianos. Meta: fazer o maior número possível de prefeituras para garantir barganhas em 2022. O que se entende dessa dança das cadeiras é o claro interesse por cadeiras um pouco mais confortáveis do que a de prefeito; a meta são as cadeiras do governador e do presidente. 2022 passa por 2020.

Luís Eduardo Magalhães e o PSD

Um bom exemplo da ‘dança’ que irá ditar o ritmo pré-eleitoral baiano é o município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano. O atual prefeito, Oziel Oliveira (PTB), já está de malas prontas para dançar ao ritmo embalado pela sua esposa, a deputada Jusmari Oliveira (PSD), que está sob a batuta do maestro e senador Otto Alencar, que por sua vez quer engrossar o seu cordão político para 2022.

Fiel às propostas petistas para o oeste baiano, a deputada estadual Jusmari Oliveira é quem articula as decisões do governador Rui Costa na região. E dentro dessa linha de comando, aonde Jusmari obedece a Otto e Oziel obedece a Jusmari, que o prefeito luiseduardense deverá comunicar o seu ingresso à legenda socialdemocrata, trocando o seu tradicional 12 pelo oportuno 55.

Que venha 2020, pois 2022 já está no salão de dança das cadeiras.

Fonte:VEJA POLÍTICA
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