O deputado estadual Paulo Câmara disse, ontem, que seu partido, o PSDB, deve ter candidato a prefeito de Salvador por “sobrevivência partidária”. Segundo o tucano, ele e o deputado estadual David Rios são dois nomes da sigla que podem disputar o Palácio Thomé de Sousa em 2020.

“O PSDB deve ter candidato. Foi o que foi decidido. Na reunião da Executiva estadual, ficou decidido que o PSDB teria candidato nas cidades mais importantes por questão até de sobrevivência partidária. O partido que não tiver candidato não vai ter vereador. É a vida como ela é”, declarou. “O PSDB entende que deve ter candidato. E eu coloquei meu nome. O deputado Davi Rios, Tiago Correia. Vamos discutir internamente. Agora, se vai ter uma nova reunião da Executiva para dizer que o PSDB não terá candidato, ai é outra história”, emendou.

Câmara voltou a defender que seu partido tenha posição clara. Para ele, a ausência de um posicionamento prejudicou a legenda nos últimos anos. “O PSDB foi o partido que mais errou e por isso que mais perdeu. (Mas) agora está tendo clareza, postura, revendo os erros que cometeu. Ou você acha que o eleitor de Bolsonaro é bolsonarista. Grande parte é descontentamento com o PSDB e outras siglas da direita. Bolsonaro veio com esse discurso anticorrupção, defesa da família e agradou a todos”, frisou. “Se (o PSDB) não tiver posição, clareza, não opinar, vai de novo ser fadado ao fracasso”, acrescentou.

Para ele, há um desgaste de todos os partidos. “Nenhum partido morre. O PT está enfraquecido. Está pagando o preço pelos seus erros. E não assumidos. Acho que é o pior de todos. (Agora) as pessoas cansaram um pouco de partido. Não tem PT, PSDB, Democratas, PSL. [O eleitor] quer a pessoa, quer a mudança de prática, de postura. Quer ter posicionamento claro. Tem que ter lado”, frisou.

O deputado do PSDB defendeu o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Disse que seu partido apoia, mas não é “refém” da gestão. “Acho que (Bolsonaro) tem boas intenções. Tem falado muito. Quando se fala sem pensar ou fala pela emoção, erra. Toda crise institucional é por uma fala, uma frase, um posicionamento dele. Às vezes, desproposital, desnecessário, que não tem nada a ver”, pontuou. Câmara disse que defende agenda do presidente. “Sou a favor desta agenda de menos governo e mais empresário tomando conta, resolvendo as coisas. Tanta estatal para quê? Para ser cabide de emprego? Olha o que deu na Lava Jato. Quantas pessoas estão sendo presas?”, questionou.