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Dez/18

Eliana Calmon afirma que lentidão da Justiça favorece grilagens de terras na Bahia


Ex-Ministra Eliana Calmon

A ministra aposentada, Eliana Calmon, em uma entrevista para o programa Rádio Atividade, da Jovem Pan, afirmou que se “a Justiça fosse rápida, se a Justiça fosse célere e séria, não haveria grilagem” de terras no oeste da Bahia. A ministra aposentada, que agora advogada, é uma das responsáveis pela defesa dos proprietários de 340 mil hectares de terras no oeste baiano, centro de uma disputa judicial. O processo para reconhecimento da titularidade das terras já tramita na Justiça há mais de 30 anos.

Em entrevista a radialista Madeleine Lasckos, Calmon conta que seu cliente, José Valter Dias, já tem a “escritura limpa e certa” das terras e que ele foi colocado para fora delas e até então, não conseguiu reaver sua posse. “O meu cliente, que é o dono das terras, que é uma pessoa muito humilde, que comprou essas terras há muitos anos, quando a terra lá não valia absolutamente nada, ele foi colocado para fora das terras, bateram muito nele. Ele chegou a perder uma vista. Hoje, ele vive fora de Barreiras, escondido em uma cidade no sul do Piauí, porque, senão, matam ele”, informou na entrevista.


Assista a entrevista

Ela também conta que “o Ministério Público tomou à frente, começou a desvendar o que havia e havia pessoas com escrituras falsas que se apossaram dessas terras”. “O MP conseguiu comprovar a origem da falsidade dessas terras, que colocou isso tudo para o Tribunal de Justiça, e a Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia, anulou todas essas escrituras”, relembrou o caso.

Para ela, não é possível “que ainda mais se prorrogue essa irregularidade”, pois o que aconteceu, na prática, foi deixar que a posse das terras ficasse nas mãos das pessoas que fraudaram as escrituras e obrigou com que o proprietário brigasse na Justiça para resolver a questão. Eliana Calmon também afirmou que já há um processo penal em andamento, assim como investigações criminais a respeito do caso. Conta que a própria autoridade policial diz que é “a lentidão da justiça que termina por favorecer a grilagem”.

Fonte:Bahia Notícias
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