Para celebrar o mês da Consciência Negra, a Prefeitura de Barreiras está apoiando a realização da 14ª Semana da Consciência Negra em Barreiras - SECONBA, realizada pela Associação Barreirense de Umbanda e Candomblé-ABUC, UFOB, UNEB e IFBA. O evento aberto ao público, acontece de 21 a 25 de novembro no Centro Cultural Rivelino Silva de Carvalho e recebe a 1ª EXPOAFRO.

Este ano, o encontro traz como temática "Preconceitos dissimulados e as pedagogias inviabilizadas: ancestralidade e educação indígena, quilombola e afrodescendente”, com objetivo de refletir sobre a situação da população negra, quilombola e indígena no atual contexto sociopolítico nacional, além de buscar minimizar os preconceitos com as religiões de matrizes africanas.

Durante cinco dias, a programação apresenta atividades articuladas pelas instituições participantes, dispondo de mesas-redondas, apresentações de trabalhos, oficinas, cursos, exibições literárias e lançamento da 2ª edição da revista SECONBA. Professores acadêmicos e mediadores trarão à tona assuntos de ancestralidade, educação étnico raciais, pedagogia da resistência, influência dos orixás e religiões.

Na abertura, que aconteceu na noite de quarta-feira (21), o presidente da ABUC, Simão Vilas Boas destacou a importância do combate à intolerância religiosa e principalmente da valorização dos negros por meio da cultura, religião e culinária. “Esse momento é uma grande conquista para todos nós, que devemos lutar para sairmos da invisibilidade e realmente discutir, compreender e respeitar toda simbologia das religiões africanas, preservar a cultura afrobrasileira tão presente na música, capoeira, comidas, sem contar toda nossa formação histórica brasileira que está ligada totalmente a cidadania afro”, salientou Simão.

Ainda participaram da mesa o professor do IFBA, Diego Carvalho, a professora da UFOB, Anatália Oliveira e os professores da UNEB, Edson Carvalho e Marcia Virginia. Para a diretora de cultura de Barreiras, Diva Bonfim, o evento oportuniza a população a reconhecer o patrimônio cultural, imaterial e o legado dos negros principalmente para a formação da Bahia.

“Estamos falando além de história, dos nossos quilombos, da religião, da cor da pele, estamos sim, discutindo a importância do ser humano, os direitos, a beleza da cultura e toda contribuição na formação da sociedade baiana. Sabemos do preconceito e as privações sociais, por isso não podemos nos cansar, não podemos deixar de realizar esses encontros e discutir sempre como devemos e podemos ser mais justos e tolerantes com as diferenças”, ratificou a diretora.

Na continuidade, o palestrante Wilian Diemes de Xangô apresentou a palestra “Mitologia dos Orixás” e os debatedores Prof. Me. George Roque, Prof. Dr.  Rafael Petry e a mediadora prof. Napoliana Pereira falaram sobre preconceitos e pedagogia inviabilizadas. Todas as palestras e exposições são abertas ao público e ainda no local, os terreiros de Candomblé e Umbanda estão expondo peças, imagens e documentos sobre as religiões em Barreiras.

 Conheça abaixo a programação e participe.