Os mecanismos da hereditariedade e a programação de células embrionárias são descobertas que surgiram de pesquisas em genética a partir do século 20.

Hoje, muitos estudos da área estão associados com a resolução de problemas das populações humanas, como na saúde e segurança pública.

A USP, por exemplo, vem desenvolvendo projetos relacionados à pigmentação da pele que poderão ajudar na identificação de criminosos.

No total, 288 amostras de DNA humano estão sendo analisadas no projeto denominado “Sequenciamento de nova geração de genes envolvidos na biossíntese de melanina em amostra da população brasileira.”
“Neste projeto, inicialmente, buscamos encontrar alelos e genótipos em genes específicos envolvidos no processo de biossíntese de melanina que pudessem estar associados à variação normal da pigmentação da pele, olhos e cabelos, e também outras características como a presença ou ausência de sardas na pele e estruturas secundárias presentes na íris. Para isso, sequenciamos as regiões regulatórias e codificantes de 16 genes diretamente envolvidos na produção de melanina”, conta Mendes Junior.

Estudos dessa magnitude, que visam elucidar a diversidade genética e os mecanismos envolvidos nos processos de variação normal da pigmentação, são escassos no Brasil, sendo focados principalmente em populações de fora do continente sul-americano. Desta forma, esses estudos na população brasileira podem auxiliar em uma melhor compreensão desses processos, uma vez que temos uma grande diversidade genotípica e fenotípica, fruto da ampla miscigenação existente na população brasileira.



O projeto inicial, que realizou o sequenciamento de nova geração, contou com financiamentos brasileiros da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Já para a realização do projeto internacional, houve o investimento americano por meio do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, (DOJ – Department of Justice).

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