Desde a última quarta-feira, 09, a Prefeitura de Irecê iniciou a cobrança por estacionamento de veículos no centro da cidade. A Zona Azul se concentra basicamente no centro comercial do município, o que já vem causando burburinho por parte da oposição local.

Em seu Instagram o Vereador Léo da Unibel (PSDB) se manifestou contra a cobrança do estacionamento. “A cobrança de 2 reais por hora por estacionamento de carros começou hoje na cidade de Irecê, e o que se vê no centro da cidade é um verdadeiro clima de velório. Ruas vazias, comércio paralisado e empresários reclamando do movimento da cidade, que sofreu uma queda brusca após o início da cobrança na manhã desta quarta-feira, dia 09”, constatou o vereador.

Em outro trecho da sua publicação Léo ataca a forma com que aconteceu a licitação e afirma que o “prefeito de Irecê já responde processo com sócio da empresa ganhadora da licitação”. E segue afirmando que “por suspeitar de irregularidades na licitação para explorar o serviço de zona azul no município de Irecê, a bancada de oposição na Câmara de Vereadores acionou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para pedir uma apuração do processo”. Também em sua rede social o vereador Léo cita o pouco tempo de existência da empresa ganhadora da licitação. “Foi estranho a publicação do edital dessa licitação em janeiro, com uma empresa que foi aberta em novembro de 2017”. Os registros da JUCEB apontam que a empresa, aberta sob a forma de Sociedade Anônima, foi constituída em 14 de novembro de 2017, apenas 2 meses antes da licitação.

Conforme publicação no Diário Oficial do Município, a Soma Park Estacionamento S.A. venceu o procedimento licitatório e fica incumbida de implantar, explorar, gerir, sinalizar e manter o estacionamento rotativo de veículos em vias e logradouros públicos. A licitação dará o direito à Soma Park de trabalhar em Irecê por 10 anos. Com área de estacionamento para 492 carros e 100 motocicletas, estima-se que a empresa, com o capital social de apenas R$10 mil reais, vá lucrar R$ 30 milhões ao longo dos 10 anos de contrato. “Nós queremos um pronunciamento aqui da prefeitura para esclarecer o que levou essa empresa, com tão pouco tempo de abertura, a ganhar”, finalizou o vereador.