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28
Ago/17

Pr. Adejarlan Ramos: Jesus não desprezou a racionalidade

Algumas pessoas pensam que Jesus não foi um pensador que usou raciocínios lógicos para refutar seus opositores e estabelecer a verdade de suas doutrinas. Com isso, muitos pensam que o cristianismo não é racional e até anti-intelectual. Nada mais longe da verdade! Vejamos!

Quando lemos os Evangelhos percebemos pelas narrativas que o intelecto de Jesus era aguçado, lúcido e convincente. Ele também é digno de ser imitado nas suas virtudes intelectuais. Ele se envolveu em várias disputas, algumas extensas e não hesitou em expor à opinião popular. Suas colocações e ponderações acerca da verdade eram sempre articuladas de forma a se opor ao erro.

O filósofo ateísta Michael Martin disse que Jesus em suas palavras parecia não valorizar a razão e o aprendizado e que Jesus baseou todo o seu ministério na fé. Baseou suas palavras apresentando Mateus 18.3 em que Jesus afirmou que o homem deve ser como uma criança para entrar no Reino dos céus. Martin interpretou que esta afirmação seria um incentivo á fé não critica e não racional.

No entanto, esta afirmação de Martin não se sustenta até pelo que está escrito em Mateus 22:37, em que Jesus ressaltou o dever de amarmos a Deus de todo o entendimento!

Quando Jesus elogiou as crianças e falou sobre a necessidade de sermos como as crianças para entrarmos no Reino dos céus, Ele não quis dizer que elas são irracionais mas sim que elas são inocentes e sinceras no amor e na devoção e por causa do seu entusiasmo pela vida. As crianças são exemplos porque são humildes em relação as pretensões do mundo adulto. Basta ler Mateus 18.35.

A expressão “se tornar humilde como esta criança” em Mateus 18.35 não é sinônimo de não critico ou irracional mas sim de despojamento de arrogância.

Jesus fez uso até de silogismos. João Batista quando estava padecendo na prisão por ter desafiado Herodes, enviou mensageiros a jesus para lhe perguntarem: “Es tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? (Mateus 11.3) Como Jesus respondeu? Usando um silogismo: “ Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: os cegos vêem e os coxo andam; os leprosos são limpos e os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobre é anunciado o Evangelho” ( Mt. 11.4-6). Ele queria dizer que os acontecimentos do seu ministério terreno era o pleno cumprimento das profecias messiânicas do Antigo Testamento. Ou seja o argumento poderia ser colocado em forma de silogismos:

1-    Se uma pessoa realiza certos tipos de ações (os milagres citado em Mt. 11.4-6), então essa pessoa deve ser o Messias.
2-    Eu (Jesus) estou realizando essas ações
3-    Logo, eu sou o Messias.

Esse tipo de sucessão logica é chamado de “modus pomens” (“modo que afirma”), uma forma de raciocínio e uma das ferramentas da lógica: Se “P”, então “Q”. “P”. Então “Q”. Ou seja seria assim Se “P”, então “Q” “P” Então “Q”.

Jesus não recuava diante de seus oponentes intelectuais. Suas declarações não eram vazias e ilógicas. Pelo contrário, seus raciocínios eram lógicos e validados com provas cabais. Basta ler Lucas 2.46 e 47: “E aconteceu que passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas”.

Há vários outros momentos nos evangelhos que Jesus utiliza argumentos lógicos: diante de perguntas capciosas, dilemas embaraçosos, aplicações práticas e aparentes contradições.

É claro que mesmo utilizando argumentos lógicos e convincentes, Jesus era mais do que um filósofo. Ele é Criador,  Salvador e Senhor. Receba-o em sua vida!

Pr. Adejarlan Ramos
Assembleia de Deus, em Barreiras
Colunista do Blog do Sigi Vilares

Fonte:Blog do Sigi Vilares/Colunistas
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