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Fev/17 |
Sobre o alto índice de mortes envolvendo jovens de LEM. Há ações para isso! |
Muitos tem me questionado sobre o que anda acontecendo em Luís Eduardo Magalhães, que já desponta com uma das cidades mais violentas do estado da Bahia por número de h/m². Não podemos esquecer de citar que tais dados é recorrente desde que o município foi emancipado, com a alta taxa de emigração de outros estados e cidades de nosso país, e alta rotatividade também da entrada e permanência em seu território, e da vasta fronteira que o munícipio possui com outros dois estados (Tocantins e Goiás).
Bem como devemos relembrar que desde 2002 um grupo de jovens vem tentando com muito esforço discutir as ações de políticas públicas intervencionistas e não apenas paliativas como na maioria das vezes colocadas. Em 2011 foi realizada a 1ª Conferência da Juventude, muitas foram das prioridades e propostas levantadas, porém que não saiu do papel. Em 2015 foi realizada a 2ª Conferência da Juventude, e uma das suas prioridades e propostas principais era a criação do Conselho Municipal da Juventude e Secretaria da Juventude, e que após muita luta da Juventude, e a qual foi possível instituí uma agenda prepositiva e de inclusão da nomenclatura JUVENTUDE em uma das secretarias municipais, para que fosse possível um engajamento maior e comprometimento por parte do poder público municipal.
Em 3 de maio de 2016, foi sancionada a Lei Municipal Nº 758/2016 que “Cria o Conselho Municipal de Juventude CMJ e Institui o Fundo Municipal da Juventude FMJ de Luís Eduardo Magalhães e dá outras providências.” Desta forma as vozes roucas da Juventude de Luís Eduardo Magalhães começa a ser ouvida e entonada da maneira e do respeito que sempre deveria ter. Porém para nossa surpresa nos foi dada a notícia através dos meios de comunicação local que a Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer seria extinta, entristeceu quem tanto lutou por ações efetivas e governamentais por nossos governantes.
Porém foi compreendida na medida em que os investimentos que seria alocado ali naquele espaço institucional logo seria reverberado para ações de investimentos em programas e projetos de políticas públicas para a Juventude, ainda é cedo para efêmeras cobranças.
Mas tão logo se fará com o conhecimento do poder público municipal destes mecanismos que hoje estão parados, e que poderiam estar em pleno funcionamento a serviço de nossos jovens, é necessário ouvir a Juventude e trabalhar de forma horizontal e participativa, dando espaços necessários para o amadurecimento social, cultural e principalmente político de quem um dia poderá governar a nossa cidade.
Não gosto de ver, e acredito que nenhuma das pessoas que ama nossa cidade, ela sendo despontada com a cidade mais violenta da Bahia, precisamos urgentemente fortalecer as entidades e organizações do terceiro setor, para que possam atuar de forma colaborativa com o município e trazer mudanças significativas a curto, médio e longo prazo.
Enquanto membro e Conselheiro do Conselho Estadual de Juventude – CEJUVE, me coloco a disposição para contribuir naquilo que se faz necessário, de forma conjunta e voluntária, com o Executivo, Legislativo e Entidades Civis Organizadas para encontramos medidas de enfrentar e combater a violência que faz muitas famílias quase que diariamente chorar sobre um corpo de um(a) jovem que se foi e não mais voltará.
Anderson Barbosa
Conselheiro Estadual da Juventude