“A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, mostrou ter muito mais tato político do que quem articulou a chapa de Bolsonaro no Distrito Federal”, analisa o cientista político Leonardo Barreto.

Eleita senadora neste domingo (2) com uma expressiva margem de votos no Distrito Federal (44,98%), a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos não contou com o apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro, que se comprometeu com a chapa de Flavia Arruda (PL). Também ex-ministra do governo, a mulher do ex-governador José Roberto Arruda não passou de 27,05% dos votos na disputa pelo Senado.

Se, por um lado, não pôde exibir o apoio declarado de Bolsonaro, a campanha de Damares contou com um interesse que a primeira-dama não dedicou nem à campanha do próprio marido. “Damares quase não foi candidata a nada, e o que corrigiu esse erro foi a primeira-dama, Michele Bolsonaro”, diz Barreto. Para ele, caso tivesse composto a chapa de Bolsonaro à presidência, a ex-ministra poderia ter ajudado a romper a resistência do eleitorado feminino.

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