08
Set/22 |
Brasil recusa radical que Chile indicou embaixador |
Gabriel Boric (e) e Sebastian Depolo
O governo do Chile continua sem embaixador no Brasil desde a posse em março do atual presidente, Gabriel Boric, que escolheu um ativista radical, Sebastián Depolo, autor de reiterados insultos ao presidente Jair Bolsonaro em redes sociais. A indicação de Boric foi interpretada pela diplomacia brasileira como uma provocação, até um ato de hostilidade, e nem sequer considerou a hipótese de avaliar a concessão do agrément, o “de acordo”, condição para sacramentar a posse do nome indicado.
A ministra chilena Antonia Urrejola cobrou o agrément do chanceler do Brasil, ao vê-lo recentemente na posse do novo presidente da Colômbia.
O ministro Carlos França disse com clareza à chilena que, por questão de lealdade ao presidente, nem mesmo submeteria a ele o agrément.
Bolsonaro não faz ideia de quem é o provocador Sebastián Depolo, mas o embaixador Carlos França conhece os seus insultos.
No atual governo, Depolo não será aceito. O Itamaraty não se importa. Só tem elogios a Rodrigo Arcos Castro, encarregado de negócios chileno.
O presidente do STF, ministro Luiz Fux, com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco
Os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, da Câmara, Arhur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, talvez mais preocupados com a próxima eleição do que com seus papéis de chefes de Poder, mandaram mal faltando à histórica celebração do Bicentenário da Independência, na Esplanada dos Ministérios. Ignoraram a institucionalidade dos cargos, como representantes do Judiciários e do Legislativo, apequenando-se no boicote ao mais importante evento da data magna da nacionalidade.
O presidente da Câmara ao menos tinha compromissos em Alagoas, seu Estado. Os outros dois estavam em Brasília, mas, ainda assim, faltaram.
Enquanto chefes de Poder passavam vergonha, o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa deu lições dos deveres inescapáveis do cargo.
Há dois meses, Rebelo de Sousa foi constrangido pelo cancelamento de reunião com Bolsonaro, mas aceitou o convite para a o desfile do Dia 7.
Enquanto agentes e delegados desfilavam na Esplanada dos Ministérios, neste Dia 7, em viaturas modernas e algumas vintage da Polícia Federal, a multidão entoava o coro “Prende Lula! Prende Lula!”
Os brasilienses ocuparam a Esplanada já às 6h da manhã, para garantir os melhores lugares. Nos sites de notícia houve os que se referiram a essas pessoas de todas as idades, inclusive crianças, de “manifestantes”.
Os chefes de Poder que boicotaram o desfile cívico-militar de Brasília fizeram opção pelo evento privado no Senado, longe do povo, mas com a presença de Lula. E de Bolsonaro, se o presidente atender a assessoria.
Foi até engraçado o desapontamento de parcela da mídia com a mais absoluta tranquilidade no desfile de Brasília. Pareciam apostar na “violência política” citada há dias pelo ministro Edson Fachin, do STF.
O apoio do prefeito do PSB de Guarulhos pode representar um ponto de inflexão da candidatura à reeleição do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. Gutti dirige o segundo maior colégio eleitoral do Estado.
Nas casas de apostas no Reino Unido, há gente apostando nas vitórias de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT). As chances são de 51 para 1 e 81 para 1, respectivamente. Perderão dinheiro.
A ferramenta “Estadão Dados”, do jornalão paulista, indica que a liderança de Lula (PT) sobre Bolsonaro (PL) ficou entre 12 e 14 pontos desde março deste ano, quando o começou o levantamento. A ver.
Durou mais de seis meses, no Rio de Janeiro, a Exposição Internacional do Centenário da Independência, entre 1922 e 1923. A idéia era comemorar o Brasil e expor as conquistas do jovem país ao exterior.
...quem sabe os ânimos se acalmam até o Tricentenário.