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Jul/22

Instituto Lina Galvani oferece formação gratuita em Terapia Comunitária Integrativa

Instituto Lina Galvani oferece formação gratuita em Terapia Comunitária Integrativa

Transferir tecnologia social e compartilhar ferramentas para que as lideranças sociais possam dar sustentabilidade à escuta ativa, ao diálogo e ao acolhimento na comunidade. Com este objetivo, o Instituto Lina Galvani – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que se dedica a identificar e apoiar iniciativas quecontribuam para o desenvolvimento comunitário - vai ofertar, gratuitamente, formação em Terapia Comunitária Integrativa (TCI) para as comunidades de Luís Eduardo Magalhães e Angico dos Dias, povoado de Campo Alegre de Lourdes, por meio do Projeto “Diálogos que Transformam” com certificação pela Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa por meio do pólo de formação Instituto Afinando Vidas.

Em sua primeira edição, o objetivo é formar 40 aplicadores de TCI. A formação é voltada para representantes de entidades, lideranças civis e religiosas, profissionais das áreas de saúde, de serviço social e de educação e cidadãos engajados com trabalhos comunitários ou que desejem se engajar. Além disso, busca-se aplicadores com perfil em idade adulta, com apurado senso de coletividade e livre de preconceitos, com vida emocional saudável, que tenham disponibilidade de tempo para dedicação e, posteriormente, que se interessem pela aplicação voluntária em benefício da comunidade após a conclusão do curso.

Para a analista de Relacionamento com a Comunidade, Jennifer Silva, a oferta da formação em Terapia Comunitária Integrativa representa um desafio, mas também um marco para as atividades nas comunidades atendidas. “Essa é a primeira vez que disponibilizamos o curso. Sempre foi um desejo qualificar profissionais e líderes comunitários, pois entendemos que muitas pessoas que são beneficiadas com as nossas ações, muitas vezes não precisam de um médico, mas de escuta e acolhimento para suas inquietações e dores emocionais. É uma ferramenta de escuta e acolhimento do sofrimento da comunidade. Nossa ideia é que a turma seja capacitada, iniciando o processo de transferência de tecnologia social, ou seja, preparar os aplicadores para que esses possam dar prosseguimento às rodas coletivas de terapia em suas comunidades de forma autônoma”, completa.

A Terapia Comunitária Integrativa é uma ferramenta conhecida do Instituto Lina Galvani, desde a sua criação, sendo aplicada em todas as ações e projetos. “A metodologia foi introduzida em nossas atividades pela presidente do instituto à época, Cecília Galvani, que foi a nossa primeira terapeuta. Na sequência, outros profissionais do instituto receberam essa capacitação. Buscamos sempre receber e ouvir a comunidade e, somente depois, definimos como devemos atuar. Assim, não buscamos a transformação apenas das dores individuais, mas coletivas”, relembra.

Formação

A formação deve ser aplicada pela equipe do Instituto Afinando Vidas, com suporte do Instituto Lina Galvani. O curso será realizado ao longo do ano, com carga horária de  240 horas, sendo 180h presenciais divididas em três módulos com duração de cinco dias, que estão previstos para acontecer entre os dias 19 a 23 de julho (CAL) / 26 a 30 de julho (LEM); 12 a 16 de outubro (LEM e CAL) e 4 a 8 de dezembro (CAL) / 6 a 10 de dezembro (LEM). Além disso, os alunos terão 60h de atividades práticas dedicadas à realização de encontros de terapia comunitária e acompanhamento individual para execução das horas de estágio junto aos projetos “Saúde Integral” e “Mulheres que Inspiram”, que tendem a ser permanentes. Formados, os terapeutas comunitários assinarão um termo de compromisso, no qual se comprometem a aplicar a metodologia voluntariamente e gratuitamente em benefício da comunidade.

A Terapia Comunitária Integrativa

Presente em todos os estados brasileiros e em mais de 24 países entre América do Sul, Europa e África, a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) integra as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) do Sistema Único de Saúde (SUS) com a finalidade de criar e fortalecer vínculos sociais em espaços de acolhimento que favoreçam a troca de experiências coletivas. Desenvolvida em formato de roda, cada participante exerce papel de grande importância no processo terapêutico individual e coletivo que busca o resgate da identidade, a restauração da autoestima e do autocuidado, a ampliação da percepção, o estímulo de aprendizados coletivos, a promoção de redes solidárias de apoio e a otimização de recursos da própria comunidade para criar soluções às dificuldades.

A técnica traz significados às vivências, conquistas, potencialidades e sofrimentos, diminuindo o processo de somatização e complicações clínicas. A prática foi criada há mais de 30 anos pelos irmãos Adalberto Barreto (médico psiquiatra e professor) e Airton Barreto (advogado), ambos de Fortaleza (CE).

Fonte:Ascom
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