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Jul/21

MP-BA denuncia delegada e mais três pessoas por suspeita de envolvimento com grupo de roubos e clonagem de veículos

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) ofereceu uma denúncia contra uma delegada da Polícia Civil da Bahia e mais três pessoas envolvidas na “Operação Dublê”, que investigou a existência de grupo criminoso especializado na prática de delitos de furtos, roubos e clonagem de veículos, cujo líder mantinha relação próxima e duradoura com a delegada.

A denúncia foi feita por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), na quinta-feira (22).

Segundo informações do MP-BA, além da condenação dos suspeitos pelos crimes, o órgão ainda pediu a manutenção da prisão preventiva da pessoa que exercia a coordenação das atividades ilícitas, que já se encontra detida desde a deflagração da operação, no dia 7 de julho de 2021, quando a delegada foi afastada judicialmente do cargo.

Segundo a denúncia, a delegada usava das prerrogativas do cargo e da influência que gozava na Polícia Civil para garantir a impunidade do grupo criminoso e facilitar a execução e proveito dos crimes.

Na denúncia, os promotores apontaram que o comandante do grupo já tinha histórico criminal na prática de furtos, roubos, receptação e clonagem de veículos automotores, e ainda assim conservava um forte relacionamento com a delegada.

A denúncia do MP afirma ainda que a delegada chegou a falsificar documentos de terceiros, para possibilitar a devolução ilegal de um carro clonado apreendido pela polícia com membros quadrilha, além de ter introduzido uma pessoa ligada à quadrilha no ambiente da Polícia, acompanhando-a, como se fosse policial, portando armas e auxiliando-a nas ações de favorecimento ao grupo criminoso.

A “Operação Dublê” foi realizada pelos Ministérios Públicos da Bahia e São Paulo, em conjunto com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil da Bahia e Polícia Rodoviária Federal.

O MP-BA não divulgou o nome da delegada, mas conforme apurado pela reportagem da TV Bahia, a delegada referente ao caso é Maria Selma Pereira Lima, ex-diretora do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP). As identidades das outras pessoas também não foram reveladas.

Fonte:G1 Bahia
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