Em meio ao acirramento das discussões e cobranças pelo retorno das aulas presenciais, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), fez um apelo pelo “bom senso” sobre a definição sobre o tema, nesta quinta-feira (10). Entre os pleitos apresentados está o dos professores. A entidade representativa da categoria, APLB Sindicato, condiciona a retomada das aulas à vacinação dos servidores (veja aqui). O levantamento feito pela prefeitura de Salvador identificou 865 profissionais dentro do grupo de risco para a Covid-19 e que, nas palavras do prefeito, “não vão voltar para sala de aula”.

“Professores que não tem comorbidades, não tem 60 anos, que não estão no público mais vulnerável, e pode voltar para a sala de aula com toda garantia, toda segurança.. e tá aí os estudos comprovam, não sou eu que estou dizendo que nas crianças e jovens é onde tem a menor taxa de transmissão, mortalidade, portanto o público que é menos vulnerável, e por isso se discute retomada”, justificou o prefeito.

Uma reunião com a APLB, governo do estado e gestores municipais está agendada para a próxima semana. Bruno sinalizou que o encontro deve ocorrer até a quarta-feira (17).

Para além dessa reunião, o prefeito de Salvador também deve receber representantes da categoria no gabinete para “conversar de peito e coração aberto”. “Quero ter com a APLB a melhor relação, apresentar razões fáticas e objetivas para retomar educação”, disse o prefeito.

Assim como o governador Rui Costa (PT), o gestor soteropolitano atribui a retomada das aulas presenciais aos números da pandemia.

Ele ainda sinalizou a possibilidade de três anos do calendário escolar acabarem comprometidos pela pandemia. “Se não voltar até março pra finalizar [o ano letivo de] 2020 e iniciar 2021, vamos entrar em 2022”, alertou.  

“Vamos estabelecer critérios objetivos. Se tiver perto dessa data que eu estou prevendo e os números tiverem elevados, nós não vamos retomar. Não vamos contribuir mais pra acentuar esse número”, disse à imprensa.