Com a natural e muito esperada ruptura do grupão de oposição e natural processo de desaglutinação dos grupos políticos, a REDE Sustentabilidade apresenta-se como uma alternativa para a sucessão majoritária em Luís Eduardo Magalhães.

O nome de Jair Francisco vai ser lançado nos próximos dias e uma grande mobilização em prol de sua homologação na convenção de julho como candidato a prefeito já está sendo feita, resta saber se este nome tem mais musculatura e conseguirá aglutinar mais força do que o de Dr. Márcio Rogério que foi até a última hora cogitado pela sigla para ser lançado, declinando por questões pessoais na última hora, cedendo a vaga ao pré-candidato natural, Jair.

Popularmente conhecimento como Jair da Jaraguá (devido a empresa que dirige), é do segmento de agronegócio indireto, por isso, pode dividir em muito o apoio dos empresários do agronegócio que são opositores ao grupo de HSC, mas o que de fato torna viável esta conjectura política.

O apoio dos segmentos decisivos: um dos segmentos que mais opina e contribui financeiramente para a escolha do novo prefeito em nossa cidade é o agronegócio, pois conta com grandes apoiadores do ponto de vista político e principalmente financeiro, mas, também é importante frisar que os empresários do comércio, tem um papel importante nesta decisão, mas não é só isso, e Jair tem um ponto positivo, foi presidente do Rotary Club, que compila diversas entidades representativas em torno desta instituição conhecida no mundo inteiro por seu trabalho voluntário.

Vazão popular: com o percentual de visibilidade que Jair tem hoje, dificilmente ele conseguirá fôlego para enfrentar o pleito e não obter o resultado que Jaime Capelesso obteve em 2012, onde teve votação inferior a de alguns membros do parlamento, mas em um cenário, onde o eleitor não quer o político em sua porta, como Jair está preparando o terreno para ganhar espaço dentro das comunidades, fica a pergunta, será que já não é tarde pra isso? Será que já perdeu o time político?

Composição político-partidária: será que com um bloco de apenas três partidos, sua candidatura seria viável do ponto de vista da disputa proporcional, pois em caso de vitória, como ter governabilidade sem ter a maioria no parlamento, vejam por exemplo o caso dos dois últimos anos do prefeito Humberto Santa Cruz que perdeu o controle sobre a câmara graças a pouca habilidade de seus articuladores, que jogaram a casa sobre o controle de um grupo que hoje trem oito edis, que clamaram independência do poder executivo, embora o que vimos nas votações decisivas foi uma postura que prefiro chamar de acanhada e conservadora, mas pra população, eles simplesmente se abstiveram das causas de grande impacto popular, como por exemplo os vetos ao PME, como Jair se sobressairia nesta situação, sabe-se que ao seu lado, tem pelo menos dois grandes articuladores, mas serão suficientes diante de tantas demandas?

Além disso, como se configuraria a eleição com ele a frente de sua sigla, qual o impacto nos outros candidatos, quais são suas propostas e como vai discutir suas ideias para com os nossos munícipes, pois é estas e outras perguntas devem estar neste momento sendo debatidas por sua equipe que está reunida para anunciar oficialmente a sua pré-candidatura, certo é que que a REDE, vem que vem, que vem com tudo.... Quais os fatores de variação do mercado poderão fazer com que ele possa enfrentar os principais oponentes de igual para igual?

Que Deus abençoe Jair e seu time nesta jornada.

Sobre o autor - Sena é consultor político, com formação em Marketing pela UNIP-Universidade Paulista, sendo especialista em Análise e Consolidação de Cenário Político pela Universidade de Toronto-CAN, atua com coaching político, treinamentos e palestras em oratória política, comunicação governamental, marketing político eleitoral, é filiado a ABCOP (Associação dos Consultores Políticos do Brasil) e há mais de 10 anos atua na gestão de campanhas eleitorais nos estados do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Bahia, Piauí, Tocantins, Rio de Janeiro e São Paulo.

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