
Os filhos de Israel desagradaram a Deus, pois começaram a adorar a outros deuses e por conta disso Deus os entregou na mão dos filisteus. Os filhos de Israel então passaram a viver uma espécie de ditadura, por parte dos filisteus, que durou por quarenta anos
(Juízes 13:1).
Como todos os ditadores costumam fazer, os filisteus deixaram os hebreus desarmados. Não havia em Israel um único ferreiro, porque decidiram que os hebreus não fabricariam espadas ou lanças (1 Samuel 13:19), pois assim, os filhos de Israel ficariam de mãos atadas, sem terem como se defenderem. Com isso, os filisteus mantinham Israel sob ameaças, humilhações, matavam, vigiavam todos seus passos... Os oprimiam de toda forma imaginável.
O sofrimento dos filhos de Israel passou a ser tão grande, que eles se renderam e começaram a clamar a Deus, para que Ele entrasse com providência. Com isso, Deus ouviu a oração de seu povo e resolveu fazer um investimento, à partir do ventre de uma mulher que vivia naquela época.
Alguns dizem que ela chamava-se Zlelponith, mas a Bíblia se refere a ela apenas como mulher de Manoá. Ela faz parte das sete mulheres estéreis da Bíblia.
Um Anjo do Senhor apareceu a esta mulher e disse: “Eis que és estéril e nunca tiveste filho; porém conceberás e darás à luz um filho. Agora, pois, guarda-te, não bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda; porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus.”
(Juízes 13:3-5)

Quando o Anjo disse que o menino seria "nazireu", estava querendo dizer que o menino seria "separado/consagrado". Em Israel, os que faziam o voto de nazireu eram especialmente separados para o serviço de Deus. Estes não podiam beber qualquer bebida que poderia causar embriaguez, não tinham permissão para tocar ou se aproximar de um cadáver e não podiam cortar o cabelo ou fazer a barba. Por isso que o Anjo instruiu a esposa de Manoá para que durante o período de gestação, não bebesse vinho, ou bebida forte e nem comer coisa imunda.
Na época, não ter filhos era motivo de vergonha para uma mulher e certamente a mulher de manoá orava muito para receber essa benção.
Ela então foi contar para seu marido, Manoá, o que havia acontecido. Manoá então orou a Deus para que Ele enviasse novamente o Anjo, para que ensinasse como deveriam agir. Deus atendeu adoração de Manoá, o Anjo reapareceu e Manoá teve a oportunidade de vê-lo e de falar com ele (Juízes 13:6-18).
Então Manoá tomou um cabrito e uma oferta de alimentos, e os ofereceu sobre uma penha ao SENHOR: e houve-se o anjo maravilhosamente, observando-o Manoá e sua mulher. E sucedeu que, subindo a chama da oferta de Manoá subiu em direção ao céu, o anjo do SENHOR subiu na chama do altar e vendo Manoá e sua mulher, caíram em terra sobre seu rosto. (Juízes 13:19-20)
A mulher de Manoá teve um filho e o chamou de Sansão que cresceu e foi abençoado por Deus, que o usou para deter o avanço do domínio filisteu, sem precisar usar da força de um exército. Deus usou Sansão e só ele, sendo um só homem, foi o suficiente para amedrontar aos inimigos dos filhos de Israel.
Sansão tornou-se Juiz e foi o nazireu preparado, escolhido e ungido pelo Espírito de Deus, que nasceu graças à misericórdia de Deus e a fé de sua mãe, que foi a primeira a ver o Anjo e crer na promessa. Apesar de não sabermos a fundo quem ela realmente era, com a história dela podemos notar que ela era uma boa esposa, tinha um bom diálogo com seu marido e que ela era uma mulher temente a Deus, pois sabemos que Deus não escolheria uma mulher qualquer para gerar o nazireu que ajudaria os filhos de Israel.
Att. Shirley Costa