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Fev/20 |
"Hoje não considero mais Dayane Pimentel uma aliada", diz Eduardo Bolsonaro |
Hoje não considero mais Dayane Pimentel uma aliada
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (Sem Partido-SP) falou ontem sobre a formação do novo partido, o Aliança pelo Brasil, e comentou a relação com a deputada federal Dayane Pimentel (PSL-BA), que rompeu com a família Bolsonaro após ser flagrada em um áudio se posicionando contra a escolha de Eduardo para a liderança do PSL na Câmara Federal. O parlamentar esteve em Salvador para participar da sessão solene em homenagem aos ex-combatentes brasileiros da Segunda Guerra Mundial, na Câmara Municipal.
"Hoje não considero mais Dayane Pimentel uma aliada. Ela presta satisfação aos eleitores dela. Não sou eu que vou dizer como a conduta dela está sendo avaliada", disse Eduardo pouco antes da homenagem, em coletiva de imprensa. O parlamentar também foi questionado sobre uma postagem que fez no Twitter, onde afirmou que, para ser conservador, não é preciso ler. Ele negou que a declaração faça apologia à ignorância. "Se você vai trabalhar e volta e roubaram seu carro, você gosta disso? Eu não gosto. Ou seja, isso é um indício de ser conservador, porque quem defende bandido e diz que isso faz parte de uma lógica de distribuição de riqueza, é o pessoal do socialismo, não eu. Se você está voltando para casa, no ônibus, e a via está fechada por conta de greve geral, como aconteceu há dois anos, você gosta? Não gosta. Isso também é um sinal de que é conservador".
Em relação ao Aliança, Eduardo afirmou que ainda não conseguiu estabelecer um filtro de quem realmente compartilha a ideologia do novo partido. "Fazer um filtro 100% é muito difícil. Tivemos um mês para criar o partido e não tivemos condições de fazer um filtro muito bom. Então, dessa maneira, o mais saudável é o Aliança ficar pronto não para as eleições de 2020, mas para as eleições de 2022. Isso daria tempo hábil para fazer esse filtro", disse.
Em nota, Dayane disse que não alimentará o que chama de "picuinhas infantis" ao responder ao deputado federal Eduardo Bolsonaro. "A Bahia tem muitos problemas e estou voltada para meu trabalho que é buscar soluções para estes problemas. Não posso consumir meu tempo, como tive que fazer agora, para responder às picuinhas infantis de um ressentido".
A parlamentar baiana afirmou que "o povo baiano não está preocupado com a birra dele comigo, mas em saber o que podemos fazer para melhorar a saúde, a segurança e a educação em nosso estado". Ela salientou que ontem cumpriu agenda em seu escritório em Salvador, quando atendeu a um prefeito e a vereadores do interior da Bahia. "Enquanto ele vem falar bobagens na Bahia, eu trabalho. Conversei com lideranças sobre a construção de postos de saúde e de poços artesianos", alfinetou.
Eduardo também teceu críticas à jornalista baiana Jessica Senra, apresentadora do Bahia Meio Dia, da TV Bahia. No vídeo, ela comenta a atuação da PM baiana e afirma que os casos de excessos de policiais não são isolados. “Ela falando que a Polícia Militar nasceu dos capitães do mato, que é uma mentira, então a gente tem que reverter isso tudo porque se não isso acaba ficando como verdade”, criticou o deputado federal.
Ainda na ocasião, Eduardo também disse não se incomodar o ministro da Justiça, Sergio Moro, que atualmente tem avaliação positiva maior do que a do próprio presidente Jair Bolsonaro. Ele está sendo apontado como possível presidenciável em 2022. "Não estou preocupado em quem vai ser o presidente do Brasil. Eu adoraria que meu pai não fosse, que ele teria uma vida muito mais confortável. Agora a nossa preocupação é que o país esteja no rumo certo".
O parlamentar paulista afirma que a prioridade do governo e dos seus aliados é garantir a "continuidade da defesa dos valores conservadores e do "combate à corrupção". "Nossa preocupação é que o Brasil esteja no rumo certo do combate à corrupção, da pauta da família e dos valores judaico-cristãos".