Não podemos de forma alguma falar da chuva. Melhor dizendo: falar mal da chuva.

Chuva é benção de Deus. Quando imaginamos que até pouco tempo milhares de famílias sofriam com a escassez de água e a estiagem jamais vista no nordeste do país, compreendemos as maravilhas de Deus que sabe todas as coisas.
Junto com a alegria da chuva, vem a preocupação com o estado em que a cidade de Luís Eduardo Magalhães se encontra. Não é um problema novo, mas constante: a falta de infraestrutura da cidade.

Está ocorrendo fato que enseja preocupação, pois as casas localizadas em algumas ruas no final do Bairro Santa Cruz, ao lado do Conquista, estão no meio da passagem das águas pluviais. Ninguém viu isso? Tenho certeza que a situação semelhante se repete em outros bairros.

Outros problemas estão em curso: asfalto de péssima qualidade, outros lugares que engolem carros, buracos que se abrem a “torto e a direita”, serviços de terraplanagem inacabados, vias importantes intransitáveis por serviços feitos sem qualidade, dentre tantos outros.

Na semana anterior, destacamos a importância da implantação da defesa civil na cidade, não apenas como forma de ter um organismo capaz de inferir nos problemas estruturais, de emergência e de riscos dos fenômenos naturais ou não, mas,sobretudo, como instrumento de captação de recursos governamentais, relevantes para a cidade.

Que seja feita por quem de direito e dever as ações necessárias para evitar que desastres ocorram em meio às chuvas. Que seja estruturado projeto arrojado na contenção e deságue adequadas as águas pluviais. Não podemos de forma alguma esperar as chuvas para verificar os problemas da cidade, tais quais as casas invadidas pelas águas em chuvas anteriores e que nenhuma ou pouca coisa foi feita, ou seja, apenas paliativo e nenhuma solução concreta.



Não é culpa da natureza, não é culpa da chuva, não é culpa da terra... é culpa do Prefeito. Isso mesmo, do Prefeito! Não estamos discutindo política partidária, lado político, se situação ou oposição. Estamos discutindo planejamento e compromisso com os problemas da cidade. Há ações relevantes por parte do Poder Executivo em várias áreas, mas há também a inércia diante de graves problemas que dizem respeito à infraestrutura da cidade.

A discussão gira em torno de verificar que Luís Eduardo Magalhães não é apenas Bahia Farm Show (diga-se de passagem que na época do evento o centro da cidade fica lindo...), nem tão pouco a cidade do desenvolvimento e do agronegócio, estamos falando de gente, pessoas comuns que para sair de casa e ir para padaria comprar um pão tem que enfrentar uma enxurrada na porta de sua casa. Pela manhã de hoje (sábado, 21/12/2013) na Rua Ilhéus, segundo relatos de moradores, uma senhora ficou com água na linha da cintura e precisou ser acudida para não acontecer o pior.

Não podemos deixar pra se preocupar somente quando as chuvas chegam. A preocupação é constante. O Prefeito e sua equipe também tem que ter preocupação constante. Haverá quem diga que os problemas acontecem em todos os lugares, como o serviço de saúde que é ruim em todo o país, no entanto, não são todas as cidades que tem uma receita como Luís Eduardo Magalhães.

Jademilson Rodrigues de Medeiros