Marcada por acusações, insinuações, ânimos alterados e polêmica em torno da CPI que investigaria invasões de áreas públicas. A  sessão de ontem, terça-feira, 19, na câmara municipal de vereadores foi movimentada, mas no fim salvaram-se todos.

Como era esperado muitos quiseram saber o porquê de um projeto de lei de autoria do vereador Claudionor Machado, que iria identificar veículos alugados pela prefeitura, não passou pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), sendo vetado pelos vereadores Mardonio da Rocha e Vôga Pelissari.


Alaídio Castilho: "Já estou começando a concordar que o prefeito é mesmo chefe de quadrilha e que essa câmara ta cheia de bandidos".

No parecer da Comissão, fora alegado que o projeto não era de interesse público, mas sim político. Isso revoltou vereadores da oposição como Alaídio Castilho que disparou: "Eu acredito muito no prefeito Humberto Santa Cruz, mas pelo que parece os vereadores que é do lado dele não acreditam em sua honestidade como eu, pois a todo o momento vivem querendo blindá-lo. Ora, já estou começando a concordar que o prefeito é mesmo chefe de quadrilha e que essa câmara ta cheia de bandidos".

Em meio aos debates, Claudionor Machado foi informado da existência de um projeto como esse. O projeto já existiria desde 2004, mas não é cumprido pelo executivo.

Não desistindo de ver os veículos alugados pela prefeitura identificados, o vereador vai fazer algumas emendas para melhorar a lei e, fazê-la funcionar.

Outro assunto polêmico também envolve o vereador Claudionor que, fez o requerimento de uma CPI para investigar e apurar de quem são algumas áreas públicas de LEM. Áreas que seriam do município e estaria em nome de terceiros.

A princípio a CPI iria passar sem problemas, mas três vereadores retiraram seus nomes da lista (Zezé da Farmácia, Guinho da Contém e Reinildo Nery). Com isso a CPI perdeu força e passou a ter 99,9% de chances de ser reprovada em votação no plenário.


Sidnei Giachini: "CPI nessa casa? Nem contra o satanás!"

Mas, caso vereador Eltinho, que é da base, mantenha a sua assinatura a CPI pode ganhar um fôlego, pois a vereador Alaídio, que ainda não havia assinado, assinou na noite de ontem, e o requerimento voltou a ter cinco assinaturas.

Para Sidney Giachini nenhuma CPI passa na Câmara: "Nessa casa nunca irá passar uma CPI, nunca! Pois esses vereadores não tem postura. Olha gente, tome postura, tá ficando chato. CPI nessa casa? Nem contra o satanás!"


Claudionor Machado: "É querer muito? Ora, eu fui eleito para isso. Se eu não o fizer, não tem sentindo eu estar aqui"

Claudionor Machado falou por que pediu a CPI: "Primeiro, não sou covarde. Sei qual é a minha função e estou aqui para exercê-la, portanto quero saber de quem são essas áreas. É querer muito? Ora, eu fui eleito para isso. Se eu não o fizer, não tem sentindo eu estar aqui. Agora surgiu uma conversa aí de que vão fazer uma comissão para medição da cidade e ver onde estão essas áreas. Ora, me poupem. E a CPI é o que? Por acaso, não uma comissão? Não tenho nada contra os vereadores que retiraram seus nomes do requerimento. Foi uma decisão deles, mas é obrigação dessa casa. Essa casa tem obrigação moral de dar uma resposta ao povo que nos colocou aqui".


Reinildo: "Tirei meu nome justamente por isso, nós vereadores da base sentamos e discutimos e vimos que não tínhamos como apurar essas invasões por não temos o conhecimento específico"

O Vereador Reinildo, um dos que retirou o nome do requerimento para CPI, alegou justamente o que foi dito por Claudionor: "Tirei meu nome justamente por isso, nós vereadores da base sentamos e discutimos e vimos que não tínhamos como apurar essas invasões por não temos o conhecimento específico. Por isso, nós, em parceria com o executivo, vamos formar uma comissão à parte, independente, contratando pessoas capacitadas para medir toda a cidade e ver realmente de quem são as áreas".


Juvenal: "Não pode chover, não pode ventar, que sofremos com queda de energia"

Em meio a tantas polêmicas, um vereador foi na contramão e resolveu cobrar melhorias no que se refere à iluminação pública no Bairro Jardim das Acácias. Juvenal Canaã expôs o problema: "Não só nas Acácias, mas em toda cidade é dessa forma. Não pode chover, não pode ventar, que sofremos com queda de energia. No Jardim das Acácias, choveu, ventou, já procuramos as velas. Isso é um absurdo! Nossa cidade está crescendo assustadoramente e pelo que parece, a COELBA não acompanha nem de longe esse crescimento, esse desenvolvimento. Está na hora de cobrarmos dessa empresa para que venha prestar um serviço de qualidade aos cidadãos de Luís Eduardo Magalhães".