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Set/13 |
Dr. Mário Machado: "A bolinha e o vidro da porta" |
Que sou apaixonado por cães todo mundo sabe, não escondo de ninguém.
Outro dia recebendo a visita de meu amigo Roger da Rádio Cultura, quis mostrar as habilidades de meu menino mais velho em pegar a bolinha. Joguei a bolinha através da porta e ele ia buscava e trazia de volta. Na ultima jogada, quase sem ver, acertei o vidro da lateral da porta que se espatifou em milhares de cacos. Já troquei o vidro, tudo bem.
O episodio me lembrou a situação da pedra e da vidraça:
Caso 1 – você esta na rua pega uma pedra e joga na vidraça de alguém. Voce ficou bem pois estava com a pedra na mão, posição tranqüila.
Caso 2 – você esta dentro de casa e de repente ouve uma vidraça quebrando, vai ver o que é e vê uma pessoa correndo, o prejuízo da vidraça é seu.
Assim é a vida, ser pedra atirando na vidraça dos outros é uma posição muito tranqüila. Criticar é uma arte genial, pois não exige faculdade, que dirá prézinho. Somos muito hábeis em criticar, em meter a boca nos outros, mas não aceitamos criticas.
A critica só tem efeito curador e efetivo se faz com que o criticado tome consciência do seu erro e acerte onde pode ter errado, caso contrário suas palavras só fizeram foi serem desperdiçadas ou dadas um pouco de ibope.
Saber criticar ou ser pedra exige um processo de auto-reflexão que nunca fazemos, pois devemos nos colocar no lugar dos outros e pensar como ele receberia aquela critica. Ainda tem aquelas pedras que são teleguiadas pelos outros e se você se deixa usar é muito mais pobre do que quem te mandou atirar a pedra.
Agora quem é criticado, ou vidraça, tem sempre que refletir o porquê de estar sendo alvo daquela critica. Será que existem razoes para as criticas? O que fiz estava certo ou errado? Minha janela merecia aquela pedrada?
Nesta ultima semana um Ministro do Supremo foi alvo de criticas, sérias e terríveis provocada por uma decisão que revoltou a população. Quem é da área até entendeu a sua decisão, mas como brasileiro se revoltou.
Aqui em LEM esta semana duas situações foram alvo de criticas pesadas: a viagem dos vereadores e os problemas da educação. Nem quem é da área conseguiu entender nenhuma das duas. Mas temos que saber criticar, reivindicar direitos e, tirando as manifestações ou a revolta armada, nossa maior critica pode ser na próxima eleição, através do voto.
O quadro é feio, crítico, revoltante mas por enquanto e enquanto formos pacíficos e passivos só o voto é nossa resposta. Pensem bem nisso.
Aprendi com meu erro, nunca mais joguei a bolinha através da porta!
ESTA É A MINHA OPINIÃO!!!
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