Por: Luciano Demetrius

Luís Eduardo Magalhães entra na rota das manifestações de rua e vai participar do Ato Nacional Unificado marcado para a próxima quinta-feira, 20, em todo o Brasil, a partir das 17h, com o lema “LEM, unida com o Brasil”. A confirmação é do grupo “Lem com o Brasil”, formado nas redes sociais e que, em apenas dois dias no ar, já conta com pouco mais de 4.400 membros. Seis estudantes que encabeçam o movimento reuniram-se no início da tarde desta terça-feira, 18, em um quiosque da praça de alimentação da Praça da Matriz, para elaborar o roteiro da passeata e a divulgação do evento.

Diferentemente das capitais brasileiras em que já foram realizadas as manifestações, quando uma das reivindicações era pela redução da tarifa do transporte coletivo, em Luís Eduardo Magalhães um dos temas do protesto será a implantação do sistema na cidade. “Aqui em nossa cidade ninguém tem direito a usar o transporte público porque ele simplesmente não existe. É uma vergonha em uma cidade que se diz em expansão”, disse a estudante de Fotografia, Yasmim Lauck.

Também serão reivindicadas as melhorias na saúde, infraestrutura e segurança, além da implantação de uma biblioteca pública municipal e mais apoio à cultura local. Temas já lembrados em outras manifestações tais como a não aprovação à proposta da emenda 37 (que tira o poder de investigação do Ministério Público), o combate à corrupção e o resgate da ética na política também estão na pauta do movimento dos luiseduardenses. “Não estamos contra um determinado político ou contra um governo, especificamente. A nossa revolta é geral, é pela melhoria de nosso país”, frisou Yasmim.

A concentração e a saída serão na Praça Ayrton Senna, no bairro Santa Cruz. De lá, os manifestantes seguirão pela avenida até a rotatória do Santa Cruz, na BR 020-242. A caminhada seguirá pela rodovia com chegada e concentração em frente ao prédio do Centro Administrativo da Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães.

Não serão permitidas faixas, bandeiras, cartazes ou camisetas que façam alusão a políticos, partidos políticos, entidades religiosas ou comerciais. “Queremos um ato sem vínculo com qualquer entidade, seja qual for o segmento. Será uma manifestação popular, do cidadão”, disse o estudante Murilo Efraim. “A nossa única bandeira é a da ética e da moralização em prol do nosso país”, reforçou o estudante Anderson Barbosa.