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Jun/13 |
Dra. Flávia Rizkalla: "Encarando a vida" |
O simples fato de vivermos e sermos seres pensantes, capazes e possuidores de um complexo sistema cognitivo/cerebral, implica aprendermos a conviver com os altos e baixos que a existência nos proporciona.
A nossa montanha russa diária, as ondas do mar, concêntricas, eletromagnéticas e suas mudanças, os ursos e os touros da eloqüente bolsa de valores, todos eles nos mostram que, invariavelmente, o movimento, o balanço, a trepidação e as oscilações estarão sempre nos acompanhando.
Acredito que o grande lance é investirmos no aprendizado e no auto conhecimento, e o melhor é começarmos a aprender com nós mesmos. Conhecer as nossas tolerâncias, nosso poder de resiliência, o nosso ritmo, nossos limites e não limites. Com isso, poderemos lidar da melhor maneira com vida/morte, ganho/perda, alegria/tristeza, sucesso/fracasso, saúde/doença, mudanças/permanência e conseqüentemente os altos x baixos da vida.
Você pode estar pensando ou afirmando que é muito fácil dizer, o difícil mesmo é colocar em prática. Como sei disso... e o seu raciocínio é verdadeiro. Costumo dizer que é necessário muito treinamento e esforço. Não se obtém mudanças na qualidade de vida se não investimos em nossas mudanças internas. É um processo ..., tudo o que se aprende é válido e estimulante.... é possível.
Muitos só percebem tarde demais o modo de vida que vem levando, esperam o adoecimento para refletir e provocar mudanças no estilo de vida que levam. Não é interessante deixar “a ficha cair” apenas quando a gravidade já entrou pela sua porta. Tão mais interessante é o equilíbrio no lidar cotidianamente com os problemas e poder vê-los menor que nós e não como um bicho gigante que não temos o controle sobre ele. Alguns eventos podemos, muitas vezes, preveni-los, mas como acreditamos que ele nunca irá acontecer conosco... até que eles acontecem e nos lamentamos, dizendo que nunca achávamos que aquilo poderia acontecer comigo.
Aprender a se olhar, não apenas aquele olhar rapidinho, que você faz diariamente, quando está escovando os dentes e penteando-se de frente ao espelho. Refiro-me aquele olhar mais profundo, que não precisamos de um espelho, mas precisamos apenas de nós mesmos e dos nossos pensamentos.
Observo muitas pessoas se afogarem em um pingo d’água, já outros resistem as maiores enchentes. No entanto, para aqueles, o pingo d’água que os outros vêem ou julgam é, para eles, catastroficamente um tsunami. A questão é favorecer uma resolução, mesmo que parcial, do problema e aprender a administrá-lo com sabedoria.
Dificuldades e problemas fazem e continuarão fazendo parte da nossa convivência. Cada um deve encontrar o melhor caminho para se viver em harmonia.
Dra.Flávia Rizkalla – Psicóloga
Clínica Equilíbrio – 3628.6453