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Fev/16 |
2016: O Eleitor É o protagonista da Eleição |
Segundo a máxima Brasileira, depois do carnaval o ano vai realmente iniciar e os olhos e ouvidos se voltarão à disputa eleitoral de 02 de outubro que irá eleger prefeitos e vereadores nos mais de cinco mil municípios do país, e uma série de incógnitas vem povoando a cabeça e tirando o sono dos políticos, qual será o comportamento do eleitorado neste ano?
Com as manifestações populares iniciadas em junho de 2013 em grande parte gerada pela plena insatisfação dos cidadãos com os rumos da nossa política, nos faz até não achar nenhum absurdo se tivermos uma debandada em massa das urnas, e alguns estudos estão apontando que teremos este ano o maior índice de abstenção da história, o que em nada nos ajudaria a sairmos desta situação calamitosa a qual nos encontramos hoje, mas na hora H o eleitor vai sim às urnas exercer o seu papel, agora conquistá-los será uma tarefa muito complicada se for trabalhada de modo tradicional.
Oitenta por cento (80%) dos nossos eleitores não querem nenhum político em suas portas, e sabem porquê? Simplesmente pela falta de comprometimento dos nossos políticos com a gestão e o bem-estar da coletividade, pelos altos índices de corrupção deflagrados nas operações Lava Jato e Zelotes, pelo atual momento econômico que o país atravessa vem provocando na população uma grande reflexão sobre quem serão os seus representantes a partir do próximo ano.
Pela primeira vez na história recente do Brasil, o eleitor fará uma profunda viagem na busca de candidatos que possam resgatar as nossas esperanças por um município, estado e país dos sonhos, e isso deverá gerar uma grande mudança no processo de gestão de campanhas eleitorais, e fica um alerta aos nossos políticos compradores de voto: o eleitor já não mais se deixa ser comprado por uma dentadura ou qualquer outro benefício temporário, sejam inteligentes e proativos, substituam esses “pequenos agrados” pela transparência na gestão, pela gestão participativa e comprometida com o sucesso de cada um dos seus munícipes, assim sendo, daqui quatro anos, você terá o maior capital eleitoral que um político pode ter, a credibilidade de cumprir com o que foi prometido, e uma última dica: Discutam amplamente com a sua comunidade os seus planos de governo, deixem de atender somente os interesses de seus patrocinadores de campanha, cresçam com as necessidades reais do povo, aprendam a fazer a política para as massas, saiam mais de seus gabinetes, utilizem como exemplo o excelente início de gestão de Mauricio Macri na Argentina.
E os eleitores, como devem proceder? Em primeiro lugar, observem não o que supostamente está sendo realizado, mas o que não está funcionando, posteriormente entenda que nenhum gestor precisa ser enaltecido pelo que ele tem executado como obra ou programa, pois somos nós quem mantemos a máquina pública em funcionamento através dos nossos impostos, logo eles não estão lhes fazendo nenhum favor, e devem ser muito cobrados quando não executam o que foi proposto.
2016 é o ano onde você eleitor será mais protagonista do que nunca, e, portanto, tome cuidado com os salvadores da pátria e com os “abraçadores de ocasião”, o bom político não é aquele que te afaga, mas sim, aquele que lhe permite através de seus bons projetos, viver de maneira sustentável e segura.
Sobre o autor - Sena é consultor político, com formação em Marketing pela UNIP-Universidade Paulista, sendo especialista em Análise e Consolidação de Cenário Político pela Universidade de Toronto-CAN, trabalha com coaching político, treinamentos e palestras em oratória política, marketing político eleitoral, é filiado a ABCOP (Associação dos Consultores Políticos do Brasil) e há mais de 10 anos atua na gestão de campanhas eleitorais nos estados do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Bahia, Piauí, Tocantins, Rio de Janeiro e São Paulo.
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