Meu nome é Danila, trabalho em uma instituição financeira com mais de 200 anos, reconhecida mundialmente pela ética e que tem como missão promover o desenvolvimento sustentável do Brasil e cumprir sua função pública com eficiência.

Hoje foi relatado, anonimamente em seu blog, um fato distorcido e com omissão de verdade. Atendi uma senhora, e deveria lhe voltar troco de R$4,38 (quatro reais e trinta e oito centavos), dei a ela R$ 4,00 (quatro reais) e antes que eu tivesse a oportunidade de lhe falar que não dispunha de moedas para troco ela me questionou a falta das mesmas. Expliquei para a cliente que estamos com falta de moedas, mostrei a ela inclusive, o porta moedas vazio, e assim como o meu caixa, os colegas também não as tinham, mas que eu poderia fazer um deposito do valor.

A cliente disse que não queria deposito, queria as moedas. Insistir em dizer que não tinha como entregar moedas a ela, uma vez que não as tinha, mas se ela quisesse o dinheiro dela de volta, poderia estornar o pagamento e devolver. Mais uma vez a cliente insistiu que queria efetuar o pagamento do imposto e que queria o troco dela em espécie. Pedi a senhora que aguardasse, que iria continuar atendendo e assim que recebesse moedas, daria o troco a ela.

A cliente foi se sentar, reclamando para os outros clientes que é um absurdo um banco não ter R$ 0,38, e que imaginassem só, com a quantidade de pessoas que atendemos, se ficássemos com os centavos de todos, iriamos enriquecer. Vale eu esclarecer, que meu empregador faz o pagamento do meu salário, com credito em conta corrente, e esse é a única forma de pagamento que me é de direito pela prestação de serviço. Trabalhamos com conferencia diária de caixa, e temos uma tolerância no valor e R$50,00 (cinquenta reais) no dinheiro físico, chamada de quebra de caixa, acima ou abaixo do valor virtual.

Qualquer valor abaixo ou acima de R$50,00 deve ser contabilizado. Me acusar de enriquecer com troco dos clientes é muito serio, injúria é crime, e essa senhora deveria saber.

Foi então que em meio ao atendimento de uma outra cliente, a senhora disse que teria que levar o filho a escola, e que precisava das moedas. Disse a ela que ainda não tinha recebido moedas, mas poderia depositar o valor na conta do esposo ou mãe ou irmã ou em qualquer conta que ela desejasse. A mulher me informou que havia encerrado a conta por causa do péssimo atendimento quer prestamos a ela, então eu lhe perguntei se ela queria que eu virasse moedas, por que isso - infelizmente - eu não poderia fazer, e que se eu levasse bolsa para o trabalho, faria questão de dar a ela, moedas minhas, só para evitar ouvir um discurso tão acalorado sobre trinta e oito centavos. Foi ai que um terceiro cliente, que estava sendo atendido por um colega ofereceu o valor de R$0,25 (vinte e cinco centavos), a senhora disse que o troco eram R$ 0,38(trinta e oito centavos) e era esse o valor que ela queria.

O cliente então pegou uma moeda de R$ 0,50 (cinquenta centavos) e me cedeu para que eu pudesse dar o troco a tal mulher. Entreguei a moeda para a senhora e disse a ela, que sim, ela podia ficar com o troco. Ela me respondeu que sim, ficaria e que eu não iria ficar mais rica por causa de R$ 0,12 (doze centavos).

Esse foi o ocorrido, e outras pessoas podem testemunhar. Aproveito pra dizer, que sim, recebo boletos faltando moedas, assim como dou troco a maior, sempre que tenho moedas em meu caixa, e agradeço a compreensão dos clientes que entendem que a falta de moedas é um problema em todo o comercio, e não que seja má fé.

Não irei discorrer sobre educação. Além de ter frequentado excelentes escolas, minha família me passou valores sólidos. Prezo pela ética, dignidade, respeito e verdade. E agradeço a Deus, pela a oportunidade de trabalhar em uma empresa que zela por valores que trago de berço.

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