O que Dona Célia quer é apenas internar seu filho

“Trabalho para sustentar o vício do meu filho nas drogas”. A frase pode até no primeiro momento assustar o internauta, mas é o desespero de uma mãe que não quer que seu filho vá para a rua, furtar, roubar ou até matar para pode sustentar o seu vício no crack e na maconha.

Dona Célia Alves Cerqueira, de 52 anos, luta contra a dependência química do filho, hoje com 27 anos, desde quando o mesmo era um adolescente de 17 anos.

No início do ano passado, 2014, ela concedeu entrevista ao repórter Sigi Vilares e relatou o seu desespero. Dentro de sua residência, no Loteamento Conquista, quase não tinha nenhum móvel. Tudo havia sido vendido pelo filho para consumir drogas. Dona Célia clamou as autoridades do município ajuda para internar o filho.

Um ano depois e sem nenhuma ajuda, dona Celia se encontrava na UPA após ser dopada por seu filho para que poder furtar sua bicicleta e trocar por droga.

Dona Célia chora, pois está perdendo seu filho para as drogas

“O que eu ganho é para sustentar o seu vício. Aprendi com um médico da USP, em entrevista a televisão, que em alguns casos, houve pessoas que conseguiram sair do crack apenas consumindo mais maconha. Com essa orientação passei a dar dinheiro para o meu filho comprar maconha todos os dias. Ele chega em casa e me mostra a droga. Agora de vez em quando ele ataca e precisa consumir crack. Aí eu dou o dinheiro, ele vai compra e vem fumar em casa. Faço isso para ele não ter que roubar de ninguém. Pode afirmar com todas as minhas palavras, trabalho para sustentar o meu filho nas drogas”, contou ela chorando.

Dona Célia implora as autoridades do munícipio que interne seu filho em uma clínica de tratamento químico especializada em Salvador. Ela conta que já batei na porta da prefeitura que alegou não ter verba para pagar a internação. Ela contou ainda que foi ao Fórum, mas não foi recebida. “Só resta apelar para vocês, para quem sabe alguém com condições possa me ajudar”, pede ela.

Nos dias de tanta insegurança na cidade de LEM, onde viciados furtam e roubam em plena luz do dia. Invadem residências, comércios, assaltam transeuntes, gerando assim a revolta da população. Dona Célia, sem saber faz segurança pública, evitando que seu filho vá para a rua furtar, roubar ou até mesmo matar.

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Segurança pública não se faz apenas com a polícia nas ruas. Se faz combatento o consumo de drogas. Ano passado em entrevista, o filho de dona Célia, disse que queria se livrar das drogas e dar alegria para sua mãe. "E ele continua querendo, ele luta contra o vício, só que ele não consegue. Ele precisa de auda", conta a mãe.

Que as nossas autoridades possam ter um pouco mais de sensibilidade e possam ajudar essa mãe que luta, simplesmente pelo direito de tirar o seu filho do mundo das droga, e de não ver o mesmo cometendo crimes na cidade pelo simples fato de querer manter o seu vício.