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Jan/15

Barreirense faz sucesso no DF como cineasta

Marcos da Dor, segundo filme de Ronaldo Rocha é sucesso



Um barreirense, baiano, um garoto de 12 anos, descobriu um novo mundo ao ver uma equipe de uma TV local gravando uma reportagem. Ele nunca tinha visto uma câmera ao vivo e muito menos um repórter. Nesse momento, um sonho nasceu no coração do menino, que não mediu esforços para realizá-lo.

No mesmo ano em que descobriu a vocação de sua vida, Ronaldo Rocha Alencar começou a trabalhar vendendo salgados na rua. Parte do dinheiro ficava guardado e a outra ele usava para ir para a lan house, aprender mais sobre câmeras e edições de vídeo por meio de vídeos e de cursos online.

Aos 13 anos, o jovem conseguiu comprar sua primeira câmera digital, que ele usava para fazer filmagens na escola. “Era o maior sucesso no colégio, até os professores participavam. Eu inventava umas histórias malucas e chamava todo mundo para participar”, conta Ronaldo.

Ele explica que os sonhos se misturam, o jornalismo e o cinema fazem parte de toda a sua adolescência e ele não esquece que o momento em que despertou para esse mundo foi assistindo a gravação de uma reportagem. Hoje, está mais decidido, quer fazer uma faculdade de Comunicação Social, se especializando em audiovisual e promete que não vai abrir mão das suas produções. “Só vou dar um tempo, esse segundo filme me deu muito trabalho e agora eu vou descansar um pouco. Mas com certeza vou fazer um terceiro e muitos outros”, completa.

Ronaldo Rocha está famoso nas emissoras de TVs na capital do Brasil, um sonho que valeu a pena lutar e insistir.

Todos os envolvidos nos filmes, atores, figurantes e maquiadores, são voluntários da comunidade que se envolveram nos projetos de Ronaldo, para ajudar o amigo ou para realizar os próprios sonhos.

Os filmes

O primeiro filme nasceu de uma necessidade que o jovem percebeu de mostrar a realidade da cidade e de alertar os jovens sobre as consequências do mundo das drogas. “Queria mostrar o que acontece aqui, percebi que o tráfico era muito forte. Mas ao mesmo tempo, queria mostrar para os jovens que eles podem mudar esse caminho se fizerem as escolhas certas”, comenta.

Intitulado de “Agindo sem pensar”, a primeira produção tem cerca de uma hora de duração. O sucesso do filme fez com que as pessoas procurassem Ronaldo, pedindo por uma nova obra. “Fiquei famoso, quando voltei para minha cidade, descobri que tinha DVD pirata do meu filme e as pessoas me pediam autógrafos. Alguns pediram até desculpas por terem duvidado de mim”, conta.

Na segunda produção, “Marcas da Dor”, Ronaldo mantém o foco social, trata sobre a violência doméstica e mais uma vez traz à tona o mundo das drogas e as suas consequências para as famílias. “É muito importante que a gente possa ajudar as pessoas, incentivar as mulheres a denunciarem as agressões e mostrar como as drogas podem acabar com uma família”, ressalta o jovem.

O filme marcas da dor conta a dura realidade que estar acontecendo em muitas famílias! A droga é uma dessas, muitos jovens e adolescentes estão se perdendo com esse vício maldito.

Outro fato que assusta é o índice da violência contra mulher, que muitas vezes o silencio se deixa calar pelo medo.

O filme mostra a história de Tereza, uma mulher guerreira, sofrida que traz em si as agressões do seu marido, Osvaldo.

Revolta que se torna uma decisão difícil na vida dos seus três filhos, que trouxe a revolta emocional na vida da Jovem Anita, que não aguentava mais o sofrimento de sua mãe, que vinha na memória desde a sua infância, presenciando sua mãe sendo espancada pelo seu padrasto.

Fonte: Repórter Jadiel Luiz/Blog do Sigi Vilares
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