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Nov/14 |
Dr. Alexandre Rizkalla: Quando a tristeza vira DEPRESSÃO? |
Todo ser humano tem sentimentos naturais como alegria, tristeza, ansiedade, raiva, afeição, nojo, surpresa etc. É normal que nosso comportamento mude e reaja às situações pelas quais estamos passando. Mudar nosso humor (ou nossa forma de sentir) é normal e saudável. Contudo existem pessoas que ficam tristes de uma maneira tão forte, longa e dolorosa que têm grandes prejuízos em suas vidas. Quando se chega a este ponto, chamamos este quadro de DEPRESSÃO.
Os médicos e psicólogos acreditam que aproximadamente 10 a 15% da população tem, teve ou algum dia terá depressão, que hoje é uma das principais causas de afastamento do trabalho ou de grande redução na qualidade dos serviços prestados, se a pessoa continuar suas atividades apesar da doença.
Quando desconfiar que aquela tristeza que estamos sentindo pode estar passando dos limites e se transformando em uma doença?
Em primeiro lugar, a tristeza da depressão é diferente porque é muito mais forte e mais longa, dura pelo menos 15 dias e fica presente quase o tempo inteiro. Mas não basta esta tristeza forte e longa para se dizer que alguém está deprimido. Além disso, na maioria das vezes, a pessoa com depressão sofre com vários outros sintomas como perda do interesse ou prazer (nada mais tem graça, nada chama a atenção), choro fácil e freqüente, desânimo (gostaria de ficar deitado quase o tempo todo), fadiga, cansaço fácil e constante, irritabilidade aumentada (a ruídos, pessoas, vozes, etc...), angústia, pessimismo em relação a tudo, dificuldade de tomar decisões, sentimento de baixa auto-estima, sentimento de insuficiência, de incapacidade, insônia (demora para pegar no sono ou acorda de madrugada e não dorme mais), falta de apetite ou perda de peso (a comida perde o sabor, a graça), diminuição da libido (desejo sexual), problemas de memória, raciocínio, concentração (não rende mais em tarefas intelectuais como leitura, colégio, faculdade, baixas notas) e em casos mais graves e sem tratamento, perda do sentido de viver (pensa em suicídio).
É muito importante que possamos reconhecer a depressão o mais rápido possível em nós mesmos ou em nossos familiares e pessoas que convivemos para que o melhor tratamento psiquiátrico e psicológico seja iniciado, já que hoje a grande maioria dos casos pode ser tratado com sucesso.
Cuide da sua saúde mental.
Dr. Alexandre Rizkalla – CRM/BA21387
Título de especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP / CFM. RQE 12180- BA / RQE 1599 - TO
Especialização em Psiquiatria
Universidade Gama Filho / Fhemig
Hospital Raul Soares - BH
Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP
Membro da Associação Bahiana de Psiquiatria – APB
Especialização em Dependência Química – Álcool e Drogas – UNIFESP-SP
Membro da Associação Brasileira de Estudo em Álcool e Drogas - ABEAD
Clínica Equilíbrio
Psiquiatria & Psicologia
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