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Out/14 |
NOTA DA EMBASA |
Embasa refuta denúncias da Câmara de Vereadores sobre crime ambiental em Estação de Tratamento de Esgoto em Barreiras
Em relação à notícia “Barreiras: Vereadores fiscalizam denúncias de esgoto despejado nas águas do Rio Grande”, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) informa que os esgotos domésticos registrados durante fiscalização da Câmara de Vereadores não se tratam de extravazamento da lagoa de decantação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Como apontam os próprios registros da mídia local, os esgotos que caiam diretamente no rio Grande foram despejados nas vias públicas pela população, escoados por meio de um canal de drenagem (destinado para água de chuva) ou por via de menor declividade que descia entre a vegetação.
Os esgotos que chegam ao Rio Grande são despejados in natura nas ruas dos bairros Cascalheira, Vila Rica, Vila dos Funcionários, Vila Amorim e parte do São Pedro chegam ao rio Grande por meio do canal que margeia a BR-135. A Embasa estima uma redução de 60% da vazão que chegava ao rio Grande sem tratamento após o início da coleta nesta região, que hoje beneficia cerca de 5.692 imóveis, ou seja, cerca de 20 mil moradores destes bairros.
Em relação ao entupimento do Poço de Visita (estrutura localizada na rede de esgoto para inspeção ou desobstrução), localizado antes da lagoa de tratamento, que extravazou na última semana, foi corrigido. A equipe técnica continua monitorando a estrutura, que vem rotineiramente sendo entupida pelo despejo de lixo na rede de esgoto pelos usuários como: absorventes, garrafas pets, sacos plásticos, pedaços de brinquedos, papel, panos, pedaços de madeira, pedras, dentre outros.
Para alcançar a totalidade dos imóveis, a Embasa e a área social da obra de esgoto vêm notificando os moradores para se ligarem no prazo de 90 dias, ao mesmo tempo, que orienta ao bom uso da rede de esgoto, onde não deve ser escoada água de chuva, tampouco, ser despejado nenhum tipo de resíduo sólido. Foram realizadas, até o momento, 65 reuniões e palestras com a comunidade sobre orientações relacionadas à rede de esgoto em expansão na cidade.
Sobre a tarifa - O serviço de coleta e tratamento de esgoto, com funcionamento garantido por meio de pagamento da tarifa de 80% do valor da água consumida é a garantia para a retirada dos esgotos domésticos da via pública e do rio Grande. A remuneração do serviço garante os investimentos em equipamentos para a manutenção e desobstrução da rede de esgoto, mão de obra especializada, pagamento de energia elétrica para o funcionamento das bombas bem como novos investimentos em expansão da coleta e tratamento de esgoto na cidade.A tarifa é cobrada legalmente e tem o respaldo da Lei Nacional de Saneamento Básico, com o percentual determinado pela Lei Estadual de Saneamento Básico, e válido em todo o estado.
Ao contrário do que expressa a notícia veiculada na mídia e por meio de declaração de alguns vereadores, a Embasa refuta a informação de que o valor é “altíssimo”. O valor é pago apenas pelos usuários que vem sendo beneficiados com a coleta e tratamento de esgoto. Cerca de 60% da população de Barreiras consome a tarifa mínima (até 10 mil metros litros de água). Aqueles que pagam a tarifa normal, que custa R$ 20,90, equivalente à faixa de consumo mínima, passam a remunerar pelos serviços de água e esgoto R$ 37,62 por mês. Os inscritos na Bolsa Família, beneficiados pela tarifa social, pagam R$ 9,40 na tarifa de água, e com a cobertura de esgoto, passarão a remunerar pelo serviço de água e esgoto R$ 16,92 mensais.
A Embasa aproveita a oportunidade e convida os vereadores que visitaram as instalações da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), técnicos dos órgãos ambientais e a mídia local a se unirem em uma força tarefa para diminuir a poluição do rio Grande e retirar os esgotos domésticos das vias públicas melhorando a qualidade de vida da população. Para isto, é preciso mobilizar e incentivar os moradores a ligar os seus imóveis na rede de esgoto em áreas onde a rede já esteja devidamente testada e em pleno funcionamento. E em locais onde não haja rede de esgoto disponível, realizar trabalho de educação ambiental e fiscalização para que os moradores destinem os esgotos em fossas assépticas, e não nas vias públicas.