Na manhã desta terça-feira (28), professores da rede estadual de ensino dos colégios Mimoso do Oeste, Constantino Catarino de Souza e Maria Otília realizaram um ato de paralisação em Luís Eduardo Magalhães. Eles protestaram contra a gestão do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, reivindicando melhorias na rede de educação.

Os manifestos ocorreram nos semáforos das ruas Paraná com Cleriston Andrade e Paraíba com Castro Alves, no centro da cidade. Durante o protesto, os professores divulgaram uma carta aberta à sociedade, explicando suas reivindicações e motivos para a paralisação. Confira a seguir a íntegra da carta:

CARTA ABERTA À COMUNIDADE ESCOLAR

Luís Eduardo Magalhães, 25 de maio de 2024

Caríssimos estudantes, pais e responsáveis,

Nós, professores da Rede Estadual de Ensino da Bahia dos Colégios Estaduais Constantino Catarino de Souza, Maria Otília Lutz e Mimoso do Oeste, vimos por meio desta carta tornar público e esclarecer à comunidade o movimento de paralisação que está acontecendo na Rede Estadual.

Primeiramente, queremos ressaltar que fazemos parte de um grupo em que as decisões são tomadas coletivamente e respaldadas pela APLB (Sindicato dos Professores do Estado). Afirmamos que, por fazer parte desse coletivo, temos que nos unir para reivindicar melhorias relacionadas aos nossos direitos trabalhistas, que se refletem na melhoria do Ensino e Aprendizagem.

POR QUE PARAR?

Diante de tais fatos, comunicamos que estamos em constante mobilização reivindicando, dentre outros direitos, um reajuste digno para a categoria. O governo propõe reajuste de 4% para os aposentados e 5,69% para os ativos, ainda parcelado em três vezes. A categoria NÃO aceita esse reajuste, considerando que as nossas perdas somam mais de 54% e os aposentados têm uma defasagem ainda maior.

Portanto, nós, professores do CECCS, CEMOL e CEMO, estamos juntos nesta luta e mais uma vez paralisamos as atividades pedagógicas a partir do dia 27 de maio, até que os projetos da Educação sejam votados.

Reforçamos que não haverá prejuízo aos estudantes, uma vez que todos os dias paralisados serão repostos futuramente.

A luta não é de educadores(as). A luta é pela Educação.

Certos de vossa compreensão, agradecemos.

Professores da Rede Estadual de Ensino

Os professores ressaltam que não haverá prejuízo aos estudantes, pois os dias paralisados serão repostos futuramente. A comunidade aguarda uma resposta do governo para que a situação possa ser resolvida e as atividades escolares retomadas.

O Repórter Weslei Santos procurou o Núcleo Territorial de Educação (NTE) mas não obteve retorno