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20
Abr/24

Abril Indígena: UNEB é pioneira em ações de valorização, inclusão e respeito aos povos indígenas

Centros de pesquisa e licenciaturas indígena, projetos extensionistas em comunidades indígenas, bolsas-auxílio, reserva de vagas no vestibular e Sisu, e a instalação do Campus Intercultural, em Jeremoabo. 

São inúmeros projetos e programas implementados e executados pela UNEB enquanto política de inclusão e permanência indígena, além de ações de valorização e respeito aos nossos povos originários. 

A reitora da UNEB, Adriana Marmori, atua, junto a equipe de gestão da universidade, na implantação e fortalecimento de políticas que democratizam o acesso ao ensino superior público e garantem a assistência estudantil e a permanência universitária. 

“Reitero a importância da presença indígena dentro da universidade, fazendo história, defendendo as línguas e as linguagens, defendendo os saberes construídos em todas as áreas do conhecimento. Nossa universidade reafirma diuturnamente o compromisso com a reparação histórica, com as políticas afirmativas de inclusão e permanência. Esse lugar é de todos e todas, estamos juntos nessa luta”, destaca a reitora. 

Inclusão da comunidade indígena 

Em uma ação pioneira, a UNEB, em 2007 ampliou o sistema de reserva de vagas para as populações indígenas. A medida fortaleceu a democratização do acesso ao ensino superior de grupos populacionais tradicionalmente excluídos.

O cenário que se estabelece após a ampliação do sistema de cotas unebiano é de diversidade na composição discente dos cursos, sobretudo, nos territórios com maior presença de comunidades indígenas, como Norte e Sul da Bahia. Atualmente, a instituição conta com mais de 400 estudantes indígenas, das mais variadas etnias, em cursos de graduação e de pós-graduação, em todas as áreas do conhecimento.

“Estar na universidade é parte do processo de demarcação de territórios para além dos espaços das comunidades. Uma forma de dizer ao mundo que existimos e que aqui permanecemos. É uma maneira de descolonizar esse lugar que até um tempo atrás não era feito e nem pensado para nós, minorias. É uma ferramenta para que nós possamos contar a nossa própria versão da história a partir de agora”, afirma Brenda Kaimbé, estudante do Curso de Pedagogia Intercultural em Educação Escolar Indígena, em Paulo Afonso. 

Permanência dos discentes 

A UNEB está, gradativamente, empenhando-se em promover a institucionalização das condições de permanência dos seus estudantes ingressos através das cotas, de forma que eles tenham satisfatórias condições acadêmicas e econômico-sociais de se manterem nos respectivos cursos, até a integralização.  

Entre as ações, está o Programa Apako Zabelê (PBIAZ). Criada em 2022, a iniciativa oferta bolsas de auxílio financeiro aos estudantes indígenas. Neste ano, o programa oferta 287 bolsas aos discentes da universidade. 

Os processos seletivos para ingresso na graduação, através do vestibular da instituição e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), oferecem, obrigatoriamente, 5% das sobrevagas para candidatos indígenas.  

A UNEB é a maior executora do Programa Universidade para Todos (UPT), coordenado pela Secretaria estadual da Educação (SEC), que prepara estudantes concluintes e egressos da rede estadual para seleções de ingresso ao ensino superior. Com turmas em toda a Bahia, inclusive, na comunidade indígena Aldeia Boca da Mata, em Porto Seguro. 

Educação indígena 

E não para por aí, a UNEB também investe, desde 2009, na formação em nível superior de professores de escolas indígenas, através dos cursos das Licenciaturas Intercultural em Educação Escolar Indígena (Liceei) e em Pedagogia Intercultural em Educação Escolar Indígena (Pieei). 

A medida tem como objetivo contribuir para a formação de profissionais e docentes da Educação Básica, que atuam com a educação escolar indígena. 

Neste mês simbólico, foi realizada, no Campus de Paulo Afonso, a formatura de 20 estudantes do curso de Licenciatura Intercultural de Educação Escolar Indígena do Centro de Pesquisa Opará. A solenidade, que representou um marco histórico para os povos originários na Bahia, foi marcada pela emoção dos formandos e de representações de diferentes etnias, especialmente das regiões Norte e Oeste da Bahia.   

“A universidade, apesar dos desafios, abraçou a causa e juntos fomos vencendo todos os obstáculos. Espero que outros indígenas Kantaruré tenham a oportunidade e coragem de concluir a graduação escolhida. Gratidão é a palavra”, diz Sheila Kantaruré, egressa da Liceei. 

A medida tem como objetivo contribuir para a formação de profissionais e docentes da Educação Básica, que atuam com a educação escolar indígena. 

Neste mês simbólico, foi realizada, no Campus de Paulo Afonso, a formatura de 20 estudantes do curso de Licenciatura Intercultural de Educação Escolar Indígena do Centro de Pesquisa Opará. A solenidade, que representou um marco histórico para os povos originários na Bahia, foi marcada pela emoção dos formandos e de representações de diferentes etnias, especialmente das regiões Norte e Oeste da Bahia.   

“A universidade, apesar dos desafios, abraçou a causa e juntos fomos vencendo todos os obstáculos. Espero que outros indígenas Kantaruré tenham a oportunidade e coragem de concluir a graduação escolhida. Gratidão é a palavra”, diz Sheila Kantaruré, egressa da Liceei. 

Em março deste ano, o curso de Licenciatura em Educação Escolar Indígena, do recém-criado Campus Intercultural (Jeremoabo) da UNEB foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para o Programa Nacional de Fomento à Equidade de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade). 

O programa convida as instituições de ensino superior (IES) brasileiras a apresentarem propostas de cursos de licenciatura com objetivo de formação de professores em Cursos das Licenciaturas Indígena, Educação do Campo, Quilombola, Educação Especial Inclusiva e em Educação Bilíngue de Surdos. 

Novo Campus Intercultural – Em fevereiro deste ano, o Conselho Universitário (Consu) da UNEB aprovou, por unanimidade, a criação do Campus Intercultural do Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (Opará) – Departamento dos Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Camponesas, no município de Jeremoabo. 

“Estamos honrando uma dívida histórica com os povos originários. Essa é uma vitória, uma grande conquista do povo baiano”, celebrou Adriana Marmori, reitora da universidade e presidente do Consu sobre o Campus Intercultural. 

O novo equipamento vai dedicar atenção ao estudo, pesquisa e extensão acerca dos povos originários, além de ser um espaço para a formação continuada de povos indígenas, comunidades tradicionais. 

Pesquisa indígena

Atualmente a UNEB possui três centros de pesquisa que desenvolvem estudos na área: Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (Opará); Centro de Estudos e Pesquisas Intercultural da Temática Indígena (Cepiti); Centro de Estudos dos Povos Afro-Indígenas-Americanos (Cepaia).  

Os centros são espaços acadêmicos que fortalecem e incentivam as pesquisas, a formação continuada e dinâmica dos Povos Tradicionais, Indígenas e lideranças de Movimentos Sociais em relação à afirmação, conhecimento e valorização dos saberes e fazeres, como forma de empoderamento das identidades e dos seus patrimônios bioculturais. 

Fonte:UNEB
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