Uma equipe da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) está em campo, em Barreiras, no Oeste da Bahia, para fiscalizar estabelecimentos que fornecem alimentação, como restaurantes, lanchonetes e marmitarias. O objetivo é garantir o uso adequado da caixa de gordura, equipamento fundamental para o funcionamento eficaz das instalações hidrossanitárias dos imóveis e da rede pública de coleta de esgoto, contribuindo para prevenir eventuais obstruções dentro dos imóveis e extravasamento de esgoto em via pública. Com início antes do período das chuvas, a ação de fiscalização vistoriou 42 estabelecimentos comerciais, sendo notificados 23 pela ausência da caixa de gordura ou pela falta de manutenção e limpeza. A recomendação é que os estabelecimentos regularizem a situação no prazo de 15 dias.

Logo depois da conversa com a equipe, Edima Custódio Jorge, proprietária de uma rede de lanchonete, começou a trabalhar para regularizar o estabelecimento com a instalação da caixa de gordura. “O ponto, aqui é alugado, não tinha e acabamos não sabendo dessa obrigatoriedade. Já estamos trabalhando, junto com o proprietário para regularizar a situação”. Há dois anos com uma lanchonete no Centro, Alcivânio Jesus Coqueiro, acompanhou a equipe que inspecionou a caixa de gordura instalada e recomendou a limpeza. “Sempre limpamos com frequência e vamos reduzir este período, como foi orientado, a cada quinze dias. Ter essa caixa é importante, senão teríamos entupimentos frequentes em nossa cozinha”, aponta.    

A fiscal da Embasa, Érica Araújo, explica que o escoamento indevido de gordura pela rede de esgoto é uma das principais causas de obstrução. “Ao percebermos uma grande quantidade de serviços de desobstrução gerados para a região do centro, todos causados por gordura, decidimos focar nesses estabelecimentos, que terão prazo para apresentar a instalação e limpeza das caixas de gordura e podem sofrer sanção com multa, em caso de descumprimento”, explica. Para sensibilizar a população, a empresa desenvolve o projeto “Se Ligue no Óleo”, com ações socioeducativas e distribuição de pontos de entrega voluntária, visando a coleta e a doação do óleo de cozinha usado para transformação em sabão artesanal ou outra reciclagem.