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26
Set/23

Equipe do Ministério da Justiça será enviada à Bahia para visitas técnicas e estabelecer ações de combate à criminalidade

Reunião entre Flávio Dino e Jerônimo Rodrigues teve o objetivo de alinhar novas estratégias de um trabalho em conjunto.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que uma equipe do Ministério vai à Bahia, nos próximos dias, para realizar visitas técnicas e estabelecer novos investimentos e ações de combate à criminalidade. A informação foi divulgada no final da noite de segunda-feira (25), após reunião entre o ministro e o governador do estado, Jerônimo Rodrigues, em Brasília.

O anúncio do ministro acontece em meio à onda de violência na Bahia que, em agosto, levou o governo federal a firmar um acordo com o estadual para combater o crime organizado.

“Vamos ampliar a destinação de recursos, de equipamentos e de tecnologia para essas ações conjuntas, e eu tenho toda a confiança de que os resultados, que já estão aparecendo, serão cada vez melhores”, disse Flávio Dino.
Segundo o governo da Bahia, a reunião entre Flávio Dino e Jerônimo Rodrigues teve o objetivo de alinhar novas estratégias de um trabalho em conjunto realizado entre as forças de segurança estaduais e federais.

"A Polícia Federal já está atuando em parceria com a Bahia há várias semanas, com operações integradas, e agora essa aliança está entrando numa nova fase. Nós vamos intensificar essas operações conjuntas”.

Também durante a reunião, o ministro afirmou que, em outubro, fará a entrega da Delegacia da Polícia Federal (PF), em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, para fortalecer o trabalho da corporação e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na região.

Intervenção federal descartada

No domingo (24), Flávio Dino descartou a possibilidade de uma intervenção federal no estado para conter a onda de violência. Segundo o líder da pasta, esse tipo de intervenção só deve ser feita quando há falta de atuação do governo do Estado.

“Não se cogita por uma razão: o governo do estado está agindo. A intervenção federal só é possível quando de modo claro, inequívoco, o aparato estadual não está fazendo nada”, disse.
A declaração foi dada após a cerimônia que concedeu a medalha da Ordem do Mérito, no grau de Grã-Cruz, ao Padre Júlio Lancellotti. O evento aconteceu na cidade de São Paulo.

Ainda de acordo com Dino, o ministério está em diálogo com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e com o secretário de Segurança Pública do Estado, Marcelo Werner. O objetivo é que haja o aperfeiçoamento das operações, já que as organizações criminosas se fortaleceram na Bahia nos últimos anos, tendo aumentado, inclusive, o acesso a armas.

Foi nesse cenário que, no mês de agosto, o acordo foi assinado pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e a Polícia Federal, criando a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), dos governos estadual e federal.

Após a criação do força integrada, operações em conjunto passaram a ser feitas no estado. Uma delas, realizada em 15 de setembro, em Salvador, deixou cinco pessoas mortas - dentre elas, o policial federal Lucas Caribé.

Depois da morte do agente federal, veículos blindados e policiais vindos do Distrito Federal foram enviados para a Bahia. Apesar disso, o ministro afirma que a situação não se trata de uma intervenção federal, mas sim "apoio financeiro e material".

"É um quadro muito desafiador. O que nós fizemos foi fortalecer a presença da Polícia Federal, sobretudo visando a pacificação. No sentido amplo da palavra 'intervenção', claro que há, no sentido da presença. A presença está sendo ampliada, mas em parceria com o governo do estado", disse.

O número de fuzis apreendidos entre janeiro e setembro deste ano na Bahia mais que dobrou em relação ao comparado durante todo 2022.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), até segunda-feira (25), 48 armas deste tipo foram apreendidas. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram apreendidos 22 fuzis.

O número de fuzis apreendidos entre janeiro e setembro deste ano na Bahia mais que dobrou em relação ao comparado durante todo 2022.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), até segunda-feira (25), 48 armas deste tipo foram apreendidas. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram apreendidos 22 fuzis.

"Somos contra mortes em confrontos e que sejam externas ao confronto e essa é a orientação que estamos transmitindo", afirmou o ministro Flávio Dino.
Entre 1º e 24 de setembro, já foram registradas pelo menos 46 mortes em confrontos policiais em todo o estado. A proporção é de quase duas mortes por dia em setembro. Segundo o ministro, as forças de segurança pública recebem tanto acusações de excessos, como de omissões.

Fonte:G1
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