Se a presença feminina vem ganhando cada vez mais espaço nas posições de decisão do agro, na Bahia Farm Show 2023, isso ficou ainda mais evidente. Em uma série de reuniões e eventos, promovidos por empresas públicas e privadas, na feira, elas debateram temas como gestão, governança, sucessão familiar, dentre outras pautas que fazem parte do dia a dia das produtoras rurais do Oeste da Bahia. Liderança entre as mulheres da cotonicultura, a vice-presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto, atendeu a uma agenda repleta de encontros, em eventos que reuniram mulheres notáveis pelo seu trabalho à frente dos negócios da família ou na gestão de empresas.  

No dia 07 de junho, Alessandra Zanotto foi uma das palestrantes do “Mulheres no topo”, promovido pelo Banco do Brasil, com a participação da presidente da instituição, Taciana Medeiros, da vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Carminha Missio, da presidente das Amigas Empreendedoras e Empresárias de Barreiras, Moriá Hummel, do representante do Sebrae Delas, Carlos Cayres, além da coach Vanessa Viana.

No mesmo dia, à tarde, Zanotto participou de um painel, no estande da WP Agroempresarial, mediado pela COO da WP, Katerine Rios. No encontro, o público, majoritariamente feminino, conheceu as histórias de mulheres nos processos de implantação de governança, em suas empresas familiares. Além de Alessandra, também contaram suas experiências Carminha Missio, a vice-presidente do Sindicato das Produtoras Rurais de Barreiras, Rosi Cerrato, e a presidente da empresa Jacto, Alessandra Nishimura.

“Antes, os eventos para as mulheres no âmbito das cadeias produtivas do agro estavam pautados em temas que os homens reputavam como ‘assunto de mulher’. Hoje, não há mais espaço para isso. As mulheres, sobretudo as da segunda e terceira geração, muitas vezes, as únicas na sucessão, assumem suas posições na empresa, e se destacam na gestão, conciliando, para isso, seus muitos papéis na sociedade. Instituições bancárias, agências de fomento, dentre outras, já colocaram a equidade de gênero como prioridade em suas pautas. É um excelente começo”, afirma Alessandra Zanotto.