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Jul/14 |
Jota Alves: Esta seleção somos nós que escalamos! |
Ao longo desses aproximados 30 dias de Copa do Mundo, foi notório o patriotismo, o sentimento de amor à nação, como dificilmente se ver. Pelas ruas bandeirolas, carros adesivados, todos vestindo as cores da bandeira, e até hino cantado a capela. Se alguém chegasse sem saber que estava sendo realizada a Copa no Brasil, diria: “Nunca vi um povo tão patriota”.
Infelizmente a gente sabe que com a eliminação da seleção brasileira de futebol da competição, muitos esquecem o país, esquecem o patriotismo, e até as cores da bandeira. Uma pena! Pois ser brasileiro de verdade vai muito além da torcida por um time vestido de verde amarelo que representa o país, aliás, diga se de passagem, este time não é escalado democraticamente, e o brasileiro que tanto critica a ditadura militar aplaude de pé, rir e chora por um time formado de forma antidemocrática e dirigido por ditadores do futebol.
Temos memória curta? Ou preferimos o comodismo de deixar que outros tomem decisões por nós? Se der certo a gente comemora. Se der errado a gente critica. Nós brasileiros, infelizmente, escolhemos mal os nossos ídolos, pior, idolatramos sem avaliar mérito, endeusamos sem questionar a maldade.
Exemplo do mais novo “Jesus Cristo” brasileiro, tão idolatrado pela grande mídia, Neymar, ainda é uma grande promessa, ainda não figurou na lista de melhores do ano da FIFA, mas já figura na lista de investigados pela Justiça espanhola por sonegação, e deveria, se não estar sendo, ser investigado pela Justiça brasileira, e se comprovada fraude, pagar pelos seus atos. Fica a pergunta: Será que elegemos bem o nosso “ídolo”?
Por falar em eleger, aí sim, o brasileiro precisa ser patriota, precisa defender a nação, pois tem muita gente querendo meter a mão em nosso país nos próximos quatro anos. É preciso que o brasileiro, assim como avalia o nível do futebol de cada jogador, avalie também o nível de cada político. É nesta hora que o patriotismo realmente precisa ser exercido, mandando pra longe do poder aqueles que querem surrupiar os nossos suados impostos e tributos e colocando lá aqueles que podem fazer com que o nosso orgulho de “ser brasileiro” cresça ainda mais. Não podemos esquecer, se a seleção de futebol ainda é montada de forma ditatorial, a seleção de políticos é democrática, somos nós que “escalamos”, e esta sim pode fazer uma grande diferença nas nossas vidas!