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Abr/23

Exportações baianas recuam 5,2% no primeiro trimestre, aponta superintendência

Volume embarcado teve crescimento de 8,8% no mesmo período, mas foi superado pela redução nos preços, que chegou a 13%.

As exportações baianas tiveram recuo de 5,2% no primeiro trimestre, na comparação interanual, alcançando US$ 2,47 bilhões. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (12) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) da Secretaria Estadual de Planejamento.

De acordo com a SEI, o volume embarcado teve crescimento de 8,8% no mesmo período (3,57 milhões de toneladas), mas foi superado pela redução nos preços, que chegou a 13%, determinando o resultado negativo no período.

No acumulado dos três primeiros meses do ano as importações também perderam força e registraram queda de 10,8%, atingindo US$ 2,53 bilhões.

Conforme análise da superintendência, a desaceleração da economia mundial e a mudança em direção ao protecionismo econômico resultaram em uma tendência de preços menos aquecidos principalmente para commodities energéticas, como petróleo e minerais.

Esse quadro, porém, pode ser superado pela retomada da economia chinesa e pelos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que reúne países exportadores da comodities, elevando as cotações do produto a médio prazo.

Também com o escoamento da boa safra de grãos, a partir de abril, há possibilidade de reversão já no próximo trimestre do atual cenário desfavorável.

Resultados mensais

  • Em março, as exportações baianas alcançaram US$ 944,6 milhões, com queda de 11,1%. As importações somaram US$ 823,5 milhões, com aumento de 3,4% na mesma base de comparação;
  • No mês, o estado contribuiu com US$ 121 milhões para o superávit comercial do país, que alcançou US$ 10,9 bilhões;
  • As exportações caíram, em março, puxadas pela indústria de transformação, que respondeu pela maior retração no mês (-16%), pressionadas por uma redução expressiva nos embarques (-15,6%), nos preços (-25,7%) e, por conseguinte, nas receitas dos derivados de petróleo (-37,3%), setor que, ainda assim, permanece liderando a pauta no trimestre;
  • Apesar de o registro das exportações de petróleo ser tradicionalmente volátil, a queda nos preços vem ocorrendo nos últimos três meses do ano, resultado de bases mais altas de comparação e tendência, até então, de queda nas cotações do petróleo por causa da esperada desaceleração da economia global;
  • As exportações da agropecuária vêm a seguir com uma redução de 14,4% em março. As vendas de soja e derivados, carro chefe do setor, lideraram a pauta no mês, mesmo com uma queda de 5% nas receitas e de 6% no volume embarcado;
  • O único setor a ter incremento no mês foi a indústria extrativa com aumento de 41,8%, graças ao crescimento nas vendas de ouro em 145%;
  • Em março, as importações cresceram 3,4%, na comparação interanual, puxadas pelo aumento nas compras de bens de capital (máquinas e equipamentos), o que demonstra vigor na ampliação ou geração de novos empreendimentos industriais;
  • Os bens intermediários (insumos e matéria prima), que representaram 71% das compras externas no mês, também acusaram incremento de 3,5%. Esses produtos devem permanecer menos pressionados, com acomodação das pressões inflacionárias globais sobre estes itens, propiciada pela redução dos custos com frete marítimo e pela queda na demanda global por bens, em favor de serviços.
Fonte:G1
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