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Abr/23

Mães de autistas protestam por direitos e tratamento adequado em Barreiras

Manifestação busca melhorias no atendimento médico, educação inclusiva e disponibilização de cuidadores para crianças com autismo na região

No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas são autistas. O autismo é dividido em três níveis: leve, moderado e grave. A patologia pode ser identificada já nos primeiros meses de contato do bebê, e o diagnóstico prévio é fundamental. Comemorado no dia 02 de abril, a conscientização sobre o autismo é crucial para promover a inclusão e a compreensão das pessoas com autismo na sociedade.

O autismo é um transtorno neurológico que afeta a comunicação, o comportamento social e a interação com o mundo. Infelizmente, ainda existem muitos estereótipos e mitos sobre o autismo que podem levar a preconceitos e exclusão social. A taxa de autismo em todas as regiões do mundo é alta e a falta de compreensão têm um grande impacto sobre os indivíduos, suas famílias e comunidades.

A estigmatização e a discriminação associadas às diferenças neurológicas continuam sendo obstáculos substanciais ao diagnóstico e às terapias, uma questão que deve ser abordada pelos formuladores de políticas públicas. Em Barreiras, oeste da Bahia, mães de autistas se manifestaram em frente à Câmara de Vereadores para cobrar da gestão municipal, os direitos de acompanhamento na saúde dos seus filhos. A manifestação aconteceu na noite de quarta-feira, 05 de abril, às 18h e a ocupação da tribuna popular às 19h na Câmara de Vereadores.

Durante a manifestação, mães e membros da Associação de Amigos dos Autistas de Barreiras e região (AMA), relataram as sérias dificuldades enfrentadas para o tratamento do TEA. Faltam terapias, atendimento médico, educação inclusiva e cuidadores, e o pior o diagnóstico não é feito pelo SUS em Barreiras. De acordo com informações da AMA, há crianças na fila da Ceproeste há quatro anos que nunca foi chamada para atendimento. Muitas estão sem diagnóstico por falta de profissionais para atender. “Pedimos mais respeito com os nossos filhos”, afirma Thais, mãe de um autista de 09 anos.

Além disso, a falta de cuidadores nas escolas para atender a demanda das crianças autistas tem sido um problema sério no município. A falta de estrutura para lidar com o assunto nas escolas deve ser considerada pela gestão municipal e uma das reivindicações das mães de autistas é que as providencias necessárias sejam tomadas para mudar o mais rápido possível essa situação e que as crianças tenham seus direitos garantidos.

Vale destacar que tão importante quanto a necessidade de os pais estarem atentos ao comportamento dos filhos é a intervenção de profissionais capacitados para fazer o diagnóstico do transtorno do espectro autista e conduzir terapias que realmente vão auxiliar as crianças com autismo. Além disso, Município e Estado devem prestar atendimento adequado, implementando ações e serviços de atendimento e tratamento e o Poder Público é o responsável em dotar a rede pública de saúde de atendimento e tratamento especializado.

Fonte:Fala Barreiras
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