Na cidade, que surgiu de um posto de gasolina, um apartamento de 230m² custa 1,3 milhão de reais

          

Luís Eduardo Magalhães já nasceu empreendedora. O pecuarista goiano Arnaldo Horácio Ferreira chegou à região em 1979 e se encantou com as imensas áreas planas de cerrado e o entroncamento de duas rodovias federais. “Ele dizia que faria aqui a segunda Brasília. Ninguém acreditava. Até minha avó dizia que ele estava louco”, conta o empresário Alexandre Ferreira de Carvalho, neto de Ferreira.

Antes de criar o posto de gasolina Mimoso – que mais tarde daria nome ao povoado de Mimoso Do Oeste –, Ferreira comprou 179 000 hectares já com o sonho de criar uma cidade. Com a intenção de atrair novos moradores, passou a anunciar para conhecidos paranaenses que trocaria 10 000 hectares no Oeste da Bahia por um fusca. Atualmente, uma área de terra agricultável com este tamanho não sai por menos de 165 milhões de reais.

A família de Ferreira mantém a vocação empreendedora até hoje. Em 2006, sua mulher fundou a primeira faculdade presencial de Luís Eduardo Magalhães, que já conta com o melhor curso de administração da Bahia, segundo o Enade. 

Já o neto Alexandre de Carvalho se dedica à venda de lotes comerciais e residenciais, focados na classe C. Parte dos lotes foi vendida em menos de cinco dias depois de lançados. Nos últimos dois anos, foram comercializados mais de 100 hectares na área urbana.

Além disso, Carvalho, que pode ser visto rodando pela cidade em seu BMW X6 branco, é responsável por comercializar todos os apartamentos do primeiro prédio com heliponto na cidade. “Dos 32 apartamentos, dez já foram vendidos”. Luís Eduardo Magalhães está longe de ser uma Brasília, mas o preço de seu metro quadrado já está próximo do da capital, dona da segunda metragem mais cara do país. Dos dez apartamentos vendidos, o mais barato, com 230 metros quadrados, custou 1,3 milhão de reais.

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