Ministério do Trabalho, em Barreiras, na manhã de hoje, 15. Fotos: Jadiel/Blog do Sigi Vilares


Ex-funcionários da Mauricéia em frente ao ministério do trabalho.

Na manhã desta quarta-feira, 15, parte dos 33 trabalhadores beneficiados por decisão da juíza Cecília Pontes Barreto Magalhães, da Vara de Trabalho de Barreiras, estiveram em frente ao Ministério Público do Trabalho, no bairro Aratu, em Barreiras, para receber a o valor de rescisão da Mauricéa Alimentos.

A juíza, atendendo solicitação do Ministério Público do Trabalho (MPT), proferiu decisão que autoriza o pagamento parcial sobre os direitos na rescisão de contratos no total de R$ 56 mil. A quantia será dividida de acordo com o período de contrato de cada trabalhador.

Em entrevista ao Blog do Sigi Vilares, os trabalhadores disseram que este valor é apenas uma parte do montante devido pela empresa. Segundo eles, em  10 de junho haverá nova audiência para discutir os demais valores os quais os ex-funcionários têm direito em relação a adicionais noturno, horas extras e danos morais. Alguns dos trabalhadores  alegaram que foram demitidos porque correram atrás de seus direitos na justiça.

Os ex-funcionários afirmaram, ainda, que trabalhavam de forma escrava, dentro da mata, sem direito sequer a café da manhã e em condições precárias de trabalho.

A juíza estabeleceu prazo de 90 dias para que a empresa cumpra uma série de normas previstas em lei, seguindo relatório dos auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Esta não é a primeira vez que a Mauricéa Alimentos é processada por uso de mão de obra semelhante à escravidão.