Hoje, quero refletir com você que é leitor dos meus textos sobre o emblemático problema filosófico/ antropológico no que tange a “relação” humana. Para isso vou recorrer a dois teóricos do cenário filosófico: Jean Jaques Rousseau e Tomas Hobbes, ambos se destacaram com suas magníficas obras “O contrato social e o Leviatã (que significa monstro marinho), muito estudados em Filosofia e Ciência Política. 

Para Rosseau o homem é bom por natureza, sua essência é bela, Rousseau chega a afirmar na obra o “Contrato Social” que o início do conflito humano surge no momento em que o homem é incapaz de partilhar e cria entre os seres humanos um “abismo”, ou seja, um limite. Diz ele: “No momento que um homem cercou uma mangueira e disse isso é meu deveria chegar um homem mais forte derrubar e falar isso não é seu, é nosso. Deste modo, para Rousseau, ai está o início da sociedade que temo hoje.Uma sociedade utilitarista, doente e egoísta.

Enquanto que Hobbes, especificamente na Obra Leviatã diz que a essência do homem é mal, o homem traz em si a semente, o germe da ambição, da maldade, do ódio. Mas, há algo a se pensar! Pense comigo! Se partirmos do princípio que o homem tem sua essência em Deus, e, é Dele que nós originamos, mesmo que seja através da explosão do Big - Bang (desde que isso não seja um acidente, mas numa perspectiva imperativa, ou seja, Deus usou desta explosão para nos criarmos), podemos nos questionarmos: Se Deus é bom, pode surgi algo dele que seja mal? Do bem não pode sair nada que não seja bom. Por exemplo, biologicamente do ovo não pode surgir outra coisa senão um pintinho. Neste sentido, se o homem não presta Deus também não pode prestar, já que partimos do princípio que viemos Dele. Como acreditamos que Deus é o sumo bem, tudo que surge Dele é pura bondade inclusive o homem. Entretanto, de modo filosófico, matemático e lógico o homem é bom por natureza, o meio social é que faz dele um ser menos bom.

Por Padre Uilson Mello
Filósofo Teólogo e Mestrando em Filosofia da Educação e Gestão Pública pela a UFP.
Colunista do Blog do Sigi Vilares

Em breve você poderá conferir o lançamento do meu primeiro livro sobre a Guerra de Canudos. Uma abordagem política, social e religiosa, numa perspectiva literária, pela a Editora Edioro.