José Pedro foi preso pela polícia civil de LEM na cidade de Caruaru, Pernambuco


José Pedro Filho, de 70 anos, confessou o crime e disse estar arrependido. Foto: Sigi Vilares/Blog do Sigi Vilares
A Policia Civil de Luís Eduardo Magalhães, com apoio de policiais civis de Caruaru (PE), prenderam na manhã de segunda-feira, 6, naquela cidade do interior pernambucano, José Pedro Filho, 70 anos. Ele é autor do homicídio a Edelsuíta Oliveira Irmes, 60, em 21 de julho de 2012. Na ocasião, a mulher foi golpeada com um classificador de grãos dentro do Condomínio Los Mares, no Jardim Primavera, região central de Luís Eduardo Magalhães, que era administrado pela vítima.

Após matar Desuíta (como a vítima era conhecida), José Pedro Filho a jogou da escada do apartamento dela. Na ocasião, o assassino fugiu de Luís Eduardo Magalhães sem deixar pistas, mas moradores do condomínio afirmaram que o suspeito seria José Pedro Filho, por ele ter sido a úlitma pessoa a ser vista conversando com dona Desuíta. A vítima e o assassino haviam, segundo testemunhas, tomado café da manhã juntos.

Prisão
O delegado Rivaldo Luz, da delegacia de Luís Eduardo Magalhães, disse que sua equipe mantinha constantes contatos com a Polícia Civil de Caruaru, cidade de origem de José Pedro Filho. “Os policiais de Caruaru nos ajudaram na investigação, após nossa equipe descobrir que o suspeito estava naquela cidade. Como prova, fizemos algumas imagens do acusado em locais públicos de Caruaru. No sábado, 4, nossa equipe comandada por Dr. Leonardo (Almeida) foi para Caruaru prender o acusado. Em Salvador, nos encontramos com uma equipe do GAT (Grupo de Ações Táticas da Policia Civil), que juntamente com nossa equipe participou da prisão. Na manhã de segunda-feira, 6, conseguimos êxito em nossa operação, prendendo o acusado dentro de casa”, revelou o delegado Dr. Rivaldo Luz que comandou a investigação.


José Pedro pediu desculpas para a família da vítima
Dr. Leonardo Almeida, que comandou a operação, contou como efetuou a prisão. "Chegamos a cidade, no início da noite anterior (domingo, 5). Na manhã de segunda-feira, chegamos a residência do acusado. Uma policial bateu na porta e se identificou como vendedora da cosméticos. Quando ele abriu a porta, efetuamos a prisão. O acusado não resistiu e disse que já estava 'nos aguardando'", afirmou o delegado.

Motivação
José Pedro, que confessou o crime, contou que matou Dona Delsuíta por um fuxico que a mesma teria feito e que, segundo ele, teria provocado o fim de seu casamento. "Ela inventou um fuxico com o meu nome e acabou com minha família. Ela destruiu meu casamento de quase cinquenta anos. No dia do crime eu fui à casa dela. Houve uma discussão e infelizmente aconteceu o crime. Estou arrependido. Se arrependimento matasse, eu já estaria morto. Aliás, já pensei e penso em tirar minha vida. É muito difícil. Peço perdão à família de Delsuíta", contou José Pedro.

Segundo crime
José Pedro é acusado pelo  homicídio de Evandro Trevisol, em 2010, ocorrido também em Luís Eduardo Magalhães. A vítima foi morta por dois pistoleiros. Esse crime, José Pedro nega. “O que eu faço eu assumo. No caso de Delsuíta fui eu. Mas, nesse caso aí eu sou inocente. Nunca cheguei a sequer ver esse cidadão à minha frente. Eu o vi poucas vezes, e  à distância”, afirmou.


Ambulâncias do SAMU no condomínio de dona Delsuíta no dia do crime. Ao lado, a foto da vítima. Fotos/Arquivos: Sigi Vilares


Anúncio publicado no Blog do Sigi Vilares na época do crime