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Dez/24 |
Jerônimo dispara sobre silêncio da oposição com operação da PF: 'Covardes' |
Em evento para entrega de equipamentos para a Polícia Militar da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou sobre a operação da Polícia Federal (PF) que investiga fraudes em licitações e desvio de recursos de emendas parlamentares. O mandatário estadual disparou contra o silêncio da oposição.
"São tão covardes que não são capazes nem de defender os seus. Porque podia muito bem dizer, oh, é meu vou defender. Eu espero que a justiça abra sempre os olhos, a liberdade é um direito de todos. Ter um advogado defendendo é um direito, mas a gente não abre mão da seriedade", criticou.
"Recursos foram desviados para levar água aqueles que não tem água, dinheiro saindo embora pelo ralo. É muito grande a responsabilidade dessas pessoas. São covardes. Pegam dinheiro público para poder utilizar em seu próprio benefício, dos seus pares. Em um conceito religioso, é um pecado sem tamanho. E a Justiça não pode, em nome de ninguém, fazer solturas mesmo com tornozeleiras sem que a sociedade saiba o que aconteceu", continuou.
Jerônimo disse também que temas como esse o deixam "muito indignado". O petista espera que a juíza que determinou a soltura dos envolvidos "saiba o que está fazendo". Ele ressaltou que a tornezeleira pode ser coberta por uma calça, que era preciso que colocasse algo na cabeça dos envolvidos que foram soltos, para que a população saiba o que eles fizeram. Ele ainda criticou quem tem amizades com os presos pela operação e os protegem. "Minha mãe dizia quem 'anda com porcos farelo comem'', concluiu.
Preso na Operação Overclean, o empresário Marcos Moura, conhecido nos bastidores da política baiana como “Rei do Lixo” e amigo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, teve prisão revogada na tarde desta quinta-feira (19). A decisão foi do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Além dele, o vereador de Campo Formoso Francisco Nascimento (União Brasil), primo do deputado Elmar Nascimento, também foi solto. Eles estão entre os 17 presos acusados de fazer parte de um esquema que desviou dinheiro de emendas destinadas ao Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs).