Santa Maria, o Rio Grande do Sul e o Brasil choram a morte de tantos jovens no incêndio em uma boate na cidade de Santa Maria.

Muito maior do que o numero de mortos, jovens, é o desrespeito com o ser humano em vista das condições que estas ratoeiras são construídas e posteriormente liberadas. Não foi a primeira e não será a ultima, infelizmente.

Não importa o Prefeito, o Governador e a Presidente estarem presentes empenhando apoio e solidariedade tinha sim que ser evitado, tinha que ser prevenido.

Quantas vidas mais serão ceifadas por ocasião deste descaso, deste desrespeito pela vida humana? Me revolta, me entristece, me choca profundamente esta situação. A juventude foi feita para ser curtida, para ser vivida, não para morrerem de forma estúpida.

Chaplin dizia que “Uma vida não é nada, com coragem pode ser muito.” Qual a coragem pode buscar em uma tragédia desta natureza? Onde buscar ar já que nos é tirado e deixando a gente sufocando, assim como sufocaram as vidas retiradas?

As 10h20min, de domingo (27/01/13), horário Bahia, o Corpo de Bombeiros de Santa Maria, confirmam 245 vitimas fatais. Até quando meu Deus?

Nenhuma morte é justificável, nada pode justificar uma morte jovem, até porque o principio universal é quebrado, filhos tem que enterrar pais, não o inverso, uma mera questão biológica.

O desejo por lucro desmedido acarreta fatalmente o trágico pois o lucro fala mais alto do que o cuidado, do que a atenção com o ser humano. Nada irá me convencer do que o descaso e a ganância foram as molas mestras deste mini genocídio.

Matando a juventude, mata-se o futuro. A nós cabe o recurso final da oração. Não pergunte por que, não pergunte para que. As respostas nunca nos serão dadas. Poderemos ter responsabilidades trazidas a justiça, prisões podem ocorrer, mas nada trará de volta estas 245 vidas.

Aqueles que ficam resta a dor, a tristeza e a saudade. Aqueles que estão longe cabem as orações e o clamor pela vida dos que ficaram. Aos dirigentes cabe a alternativa de lamentarem, porém mais do que tudo revisarem tanto a legislação quanto a fiscalização, para que tragédias desta natureza nunca mais se repitam.

ESTA É MINHA OPINIÃO!!!!
Dr. Mário Machado