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Dez/24 |
SAMAVI: TRE poderá impedir diplomação de dois vereadores por crime de fraude em cota de gênero |
Os vereadores eleitos Edineto Moreira Dos Santos (PT) e Firmino Da Silva Tomaz Neto (PT) correm sério risco de não serem diplomados na Câmara de Verdades de Santa Maria da Vitória, após denúncia feita ao Tribunal Regional Eleitoral. O Partido dos Trabalhadores está sendo acusado de usar uma “candidata laranja” na formação da sua chapa, a fim de atingir os 30% da cota de gênero - que define a presença de uma mulher candidata, para cada dois homens candidatos.
O crime eleitoral está sendo investigado pela 72° Zona Eleitoral e poderá suspender a diplomação dos vereadores petistas a qualquer momento. A denúncia de crime eleitoral foi apresentada pelo vereador progressista Edson de Novais Santos, conhecido como Dil Pedreiro (PP).
“É do conhecimento de todos que a candidata não realizou nenhum ato de campanha no período eleitoral. A senhora Lenilda foi usada como ‘candidata laranja’ para que o partido pudesse atingir os 30% da cota de gênero. Isso claramente prejudicou o resultado das eleições em Santa Maria da Vitória”, disse o vereador Dil Pedreiro.
Caso os vereadores eleitos pelo PT, que foram denunciados, não sejam diplomados a decisão valerá até que o TSE analise as provas apresentadas no inquérito.
Entenda o caso
Tudo começou com o registro indevido da candidatura de Lenilda Hora dos Anjos, que não mora na cidade de Santa Maria da Vitória, e sim na cidade de Rio Verde, município de Goiás. O fato ganha traços de verdade quando a suposta candidata não compareceu em Santa Maria nem no dia da eleição para votar. Ela justificou o seu voto na cidade de Rio Verde.
Em áudios vazados, enviados em aplicativos de mensagens, a suposta candidata Lenilda Hora dos Anjos chega a afirmar que “foi usada como laranja” pelo Partido dos Trabalhadores. Estes áudios estão registrados em ata notarial.
A própria Lenilda afirmou, em áudios vazados na internet, que membros do PT se deslocaram até a cidade de Rio Verde, em Goiás, implorando para que ela assinasse um documento confirmando que ela teria sido candidata. “Essa tentativa de forjar um documento já configuraria outro crime eleitoral gravíssimo”, concluiu o vereador Dil Pedreiro.