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Abr/13 |
Novo Paraná clama por segurança: “Estamos esquecidos” |
Escola Municipal São Paulo, na comunidade do Novo Paraná. Fotos: Nei/Blog do Sigi Vilares
Professores, pais, alunos e comerciantes se reuniram para debater a insegurança do local
Pais, professores e alunos se reuniram na noite de ontem, terça-feira, 2, no prédio da Escola Municipal São Paulo, no povoado do Novo Paraná, na zona rural de LEM, para clamarem por segurança.
De acordo com os moradores, a comunidade do Novo Paraná está esquecida no quesito segurança pública. Segundo os moradores, falta iluminação, falta a presença de forças policiais e da guarda municipal para inibir as ações delituosas que vêm acontecendo: Comércios são constantemente assaltados, casas arrombadas.
Ainda de acordo com moradores, existe até um toque de recolher. A noite não se pode mais andar pelas ruas da comunidade, há indícios de que a droga já circule livremente entre menores da comunidade.
A gota d’água foi o que aconteceu na noite de anteontem, segunda-feira, 1. Professores davam aula quando dois menores e um maior de idade invadiram uma das salas para agredir um aluno que assistia a aula. O estudante foi agredido, a sala depredada, professores ameaçados e, antes que deixassem o local, o trio ainda ameaçou matar o aluno com três tiros.
As professoras ameaçam abandonar as saulas de aula se nada for feito
Professores apavorados chamaram a Policia Militar que, quando estava se deslocando para a comunidade, teve que retornar para a cidade, pois um cliente de supermercado havia sido atingido por um disparo de arma de fogo após um assalto.
“A criminalidade é quem esta ditando as regras no Novo Paraná, me envergonho em dizer que moro aqui”, declarou uma comerciante local.
O prédio da Escola Municipal São Paulo, a noite funciona como anexo do Colégio Constantino, mas a possibilidade dos professore deixarem as salas de aula é grande.
“Estamos aqui dando aula, porque gostamos, amamos o que fazemos, mas a partir do momento que nossas vidas correm risco, é hora de repensar. Nós, os professores, alunos, pais, a comunidade por um todo está esquecida pela administração municipal”. Acrescentou uma professora.
O grupo que participou da reunião
Um auxiliar da secretaria da escola já esta sofrendo ameaças por parte dos menores e maiores na comunidade e também já fala em abandonar a instituição de ensino.
“Somos aproximadamente dois mil habitantes, só nos procuram em época de eleição, a última vez que um politico esteve aqui foi antes da ultima votação para o pleito municipal”, declarou um morador.
Na edição desta quarta-feira, 3, do Informativo Cultura, da Rádio Cultura 104,9, o repórter Nei Vilares traz mais informações sobre o caso, com entrevistas exclusivas. O programa começa às 11h30.