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Nov/24 |
“Jornada de 44 horas de trabalho é cruel com os trabalhadores”, diz Marinho |
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, abordou nesta quinta-feira, 14, diversos assuntos sobre as mudanças trabalhistas, como o fim da escala do 6x1, a alta rotatividade no mercado de trabalho e a necessidade da indústria de investir em tecnologia e reduzir os acidentes de trabalho. As declarações foram dadas durante visita à Fesaúde, em São Paulo (SP).
Ele afirmou que “continuaremos num ciclo de crescimento de emprego”. O ministro defendeu a necessidade de frear despesas para equilibrar as contas públicas, mas com cautela, debatendo com a sociedade. “Existe um ritmo de despesas que precisam se contidas”, afirmou, ressaltando o rompo nas contas públicas deixada pelo governo anterior.
O fim da escala 6x1 também foi assunto tratado pelo ministro. Segundo ele, a “jornada de 44 horas de trabalho é perversa e cruel com os trabalhadores, principalmente, para as mulheres”. “Infelizmente, sobra o domingo para a mulher que trabalha uma jornada de 44 horas mensais para lavar a roupa e cuidar da casa, já que são elas que normalmente assumem as tarefas de casa. Como essa profissional vai ter uma boa produtividade, ter lazer, ficar com a família?”, questionou Marinho.
O ministro disse ainda que é necessário enfrentar de forma madura o debate do fim da jornada de 44 horas, em especial no mundo moderno. “Eu sou plenamente favorável de acabar com essa jornada de trabalho, que pode ser com uma PEC, mas com responsabilidade. Não sou contra a PEC para reduzir a jornada, mas chamo a necessidade do fortalecimento da negociação coletiva”, argumentou Marinho. Disse ainda que há setores como a saúde que funcionam 24 horas, e é necessário negociação coletiva com os sindicados dos trabalhadores e dos empregadores.